O diretor do Banco Central, Gabriel Galípolo, tomou conhecimento de que o Bacen vinha impedindo sua comunicação com a imprensa. O diretor tomou ciência do fato após notar um padrão de comportamento se repetindo.
A colunista Monica Bergamo apurou que o Bacen passou a discutir internamente a possibilidade de retomar uma ideia discutida no passado relacionada à comunicação. A norma determinava que assuntos relacionados à comunicação com a imprensa passassem antes pela decisão do presidente do Banco Central, Campos Neto.
A norma chegou a vigorar contra Galípolo, mesmo sem a aprovação da diretoria. O diretor começou a notar que a assessoria do BC não repassava os pedidos de entrevistas que lhe eram feitos. Jornalistas eram orientados a procurar a comunicação do BC quando conversavam diretamente com Galípolo para solicitar uma entrevista, uma conduta normativa em órgãos públicos e grandes empresas. Entretanto, as solicitações nunca chegavam ao diretor.
Tempos depois os repórteres lhe retornavam dizendo que sua resposta através da assessoria foi de que não falaria, entretanto, Gabriel Galípolo sequer havia sido consultado.