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22 de novembro de 2024
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Morre em hospital, criança de 2 anos espancada pelo tio em Manaus

Foto: Reprodução

Manaus – O menino Everton Gabriel da Silva, de 2 anos que havia sido espancado pelo tio morreu nesta terça-feira (10) após passar seis dias internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Pronto-socorro da Criança – Joãozinho.

O suspeito de cometer o crime, Patrick Macedo Bastos, 23, foi preso na tarde de segunda-feira (9). Ele é marido da tia materna da criança, Daniele da Silva Neves, 21.

O caso aconteceu na última quinta-feira (5) na rua Pedro de Alcântara, na comunidade Monte Sião, bairro Jorge Teixeira, zona Leste de Manaus.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), a criança deu entrada no Hospital e Pronto-socorro Platão Araújo no dia 5 muito lesionada precisando ir direto para a sala de reanimação.

Em depoimento, Daniele relatou que o menino foi abandonado pela mãe, vivia na casa de parentes e que havia apenas 3 meses ela tinha se responsabilizado pelo menor.

“Segundo ela, tanto ela quanto o companheiro de 23 anos de idade se irritavam com a criança porque ela fazia as necessidades em qualquer lugar. Ou seja, o bebê de 2 anos ainda não sabia se comportar e eles corrigiam batendo na criança”, explicou a delegada.

Daniele afirma que, na noite do dia 4 de outubro, disse ao marido, assim que ele chegou do trabalho, que a criança havia feito suas necessidades fisiológicas no chão.

O homem, então, levou a criança para o banheiro e a espancou. Há relatos que o menino caiu diversas vezes no chão batendo com a cabeça.

“No dia seguinte, ela (a criança) só foi piorando. Apresentou febre, não conseguiu se alimentar porque tinha vários cortes internos na boca em razão do espancamento e, no início da noite do dia 5, essa criança convulsionou, desmaiou e foi levada para o hospital”, disse a titular da Depca.

Já no Hospital e Pronto-socorro Joãozinho, o menino precisou passar por uma neurocirurgia devido a um edema cerebral e uma isquemia antiga, que leva à interrupção de fluxo sanguíneo para o cérebro.

De acordo com a direção do UTI pediátrica do hospital, esses fatores indicam que a criança era constantemente agredida.

Patrick já responde pelo crime de associação ao tráfico. Foi solicitado a prisão preventiva de ambos, mas a justiça negou a de Daniele por não achar procedente.

Na tarde desta segunda-feira (9), Patrick se apresentou na sede da Depca na presença de dois advogados. Ele afirma que Daniele foi quem cometeu as agressões e que, quando chegou em casa na noite do dia 4, a criança já estava desmaiada.

Ele diz, ainda, que foram seus familiares que socorreram o menino até o hospital. As investigações sobre o caso continuam.

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