De acordo com uma pesquisa realizada pela Agência Mutato, as campanhas de boicote contra grandes marcas não interferem no volume de vendas, mesmo que haja grande repercussão nas redes sociais.
O estudo divulgado em 2020 fala que “o boicote está mais presente nos comentários do que no ato de compra, que dificilmente
apresenta uma mudança”.
A agência também percebeu que o X, antigo Twitter, é a rede social que mais promove campanhas de boicote a marcas ou cancelamento de personalidades. A pesquisa foi relembrada pelo site Mundo do Marketing por conta da última campanha de boicote promovida no X.
ENTENDA O QUE ACONTECEU
Nos últimos dias, os internautas se revoltaram contra a marca de chocolate Bis, da Lacta, por ter patrocinado o influenciador Felipe Neto. Os críticos do youtuber passaram a pedir para que as pessoas deixem de comprar Bis. Inclusive, um dos assuntos mais comentados no X foi “Bis nunca mais”.
O influenciador chegou a gravar um vídeo pedindo uma trégua, para que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro não se levantassem contra ele.
No X ele também pediu para que seus fãs postassem mensagens e fotos elogiando o Bis e mostrando desejo de comprar o chocolate.
PERDA DO VALOR NA BOLSA
Ainda que a pesquisa mostre que as vendas podem não ser impactadas com a campanha contrária, a Mondelez, dona da marca Lacta, viu suas ações perderem valor na Bolsa de no final do dia 13 de outubro, um número 5% menor que o analisado na semana anterior ao boicote, em 6 de outubro. Nesta segunda (16), porém, a empresa voltou a ver suas ações subirem.