Ela foi convocada após ser citada pelo ex-secretário da Saúde, Rodrigo Tobias, e pelo ex-secretário executivo da Saúde, João Paulo Marques. Segundo eles, ela apresentou a equipe do governo a então nova secretária da pasta, Simone Papaiz.
Durante seu depoimento, Pollacke afirmava que apenas dava dicas de cor de gravatas, aparência e marketing pessoal ao Governador Wilson Lima (PSC), mas não convenceu os parlamentares. Ela tentou esconder algo que a comissão já sabia, seu poder de influencia no governo, que já havia sido destacado por outros agentes ouvidos na CPI.
Quando perguntada sobre o projeto “Anjos da Saúde”, Carla disse que apenas era simpatizante do projeto e que de forma voluntária ajudava o governo por achar que era um bom projeto na saúde. Projeto esse que tem um orçamento de R$ 6 milhões, e que já foram repassados R$ 2 milhões.
Carla Pollacke se mostrava segura e sempre afirmando que não exercia nenhuma função no Governo até a casa cair, após ter um cartão oficial do governo revelado com seu nome com a função de Consultora, Pollacke entra em outras contradições ao não explicar seu vínculo real com o governo do estado.
A comissão insistiu em perguntar sobre seus negócios com o governo se ela ou marido prestavam algum serviço e ela sempre negava, até o deputado Serafim Corrêa questionar como o nome do marido de Carla, senhor Inácio Pereira, estava na lista dos psicanalistas do programa Anjos da Saúde. E depois em um vídeo o médico aparece em uma entrevista dizendo que era responsável por serviços dentro do projeto “Anjos da Saúde”, além de prints de conversas em grupos de WhatsApp em que Carla Pollacke adiciona outros agentes do governo.
Daí pra frente foram só contradições e tentativas de intervenção de seu advogado, e pra quem começou um depoimento tranquila, se mostrou nervosa e gaguejando em algumas falas. Após algumas suspensões, a CPI resolveu pedir por meio de requerimento, todos os pagamentos feitos pela SUSAM e encaminhar ao Ministério Público que deve investigar o programa Anjos da Saúde