O Boeing 737 Max 9 da companhia Alaska Airlines que teve um grave incidente em pleno voo em 5 de janeiro estava sem quatro parafusos em um painel conhecido como plugue de porta. A informação está presente em um relatório preliminar divulgado nesta terça-feira (6) pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) dos Estados Unidos.
De acordo com o relatório, a aeronave estava com quatro parafusos a menos no painel que vedava um espaço que serve como porta em outras configurações desse modelo e que, no caso dela, se soltou em voo. Devido ao ocorrido, o avião, que estava em uma altitude de cerca de 4.876 metros e transportava 117 pessoas, pousou pouco depois da decolagem em Portland, no estado de Oregon.
O painel não tinha esses parafusos porque, aparentemente, segundo o relatório, eles não haviam sido substituídos na fábrica da Boeing em Renton, no estado de Washington. O relatório não detalha quem removeu os parafusos e qual parte da empresa era responsável por substituí-los.
Como evidência da condição do dispositivo, o Conselho forneceu uma foto do painel mostrando a ausência de três dos quatro parafusos. O local onde o quarto parafuso deveria estar é mostrado coberto.
Devido ao incidente, a Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) ordenou que todos os Max 9 com a mesma configuração de porta desse avião da Alaska deveriam ficar em solo por semanas, para que fossem submetidos a uma inspeção.
A FAA já havia se comprometido, há cinco anos, a aumentar a supervisão da fabricante de aeronaves após dois acidentes fatais envolvendo aeronaves Boeing Max.