Nesta quinta-feira (21), a polícia contou à imprensa que Makson Oliveira da Costa, 21, responsável pela morte de Fabiane Mendes da Silva, 20, e Angélica Oliveira Nascimento, 31, agia de maneira sombria e calculista na hora de matar garotas de programa. Os crimes aconteceram entre o dia 26 de fevereiro e 4 de março deste ano.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, devido a muitos assassinatos semelhantes, onde jovens são encontradas mortas dentro de seus quartos e sempre com sinais de asfixia, as autoridades acreditam na possibilidade do cabo do Exército Brasileiro ter feito outras vítimas.
O acusado é cabo do Exército Brasileiro (EB). A primeira vítima, revelada até o momento, foi Angélica. No dia 26 de fevereiro, Makson marcou um encontro com a garota de programa na rua Araçaí, conjunto Senador João Bosco, bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. Segundo a delegada Marília Campelo, Makson pode ter se encontrado com Angélica mais de uma vez, de acordo com o relato de uma amiga da vítima.
“Pelo relato de uma das testemunhas, ela falou que receberia um cliente que ficava muito tempo com ela, que possivelmente usava drogas, então ela precisava tomar energético para acompanhar ele. Então, a gente está desconfiando que não era o primeiro encontro com a Angélica”, diz a delegada.
Quanto à Fabiane, morta no dia 4 de março, a polícia presume que este foi um único encontro. No dia do crime, a jovem pediu preservativos do irmão, que residia com ela na mesma casa, pois iria atender um cliente. A equipe de investigação da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) analisou imagens de câmeras de segurança da região e apurou que Makson saiu do local após pedir uma carona por motociclista de aplicativo.
Sombrio e calculista
Segundo a delegada, Makson se encaixa em um perfil misógino e matou pela simples razão de serem mulheres. Além de odiar mulheres, o cabo do Exército possui um comportamento típico de serial killer, pois era sombrio e calculista.
Durante o dia, Makson era apenas um soldado, mas à noite utilizava um perfil falso nas redes sociais, chamado Mateus, para atrair as jovens.
Todas são mulheres jovens, que têm perfis em redes sociais realizando encontros clandestinos, encontros sexuais mediante pagamento e essas são as pessoas que eram alvos do Makson”, disse o delegado Ricardo Cunha.
Além do perfil falso, Makson era cauteloso e evitava ao máximo deixar rastros de seus crimes, como não utilizar carro próprio nos dias de encontro, sempre optando por transportes por aplicativo. Nos dois casos, o acusado afirmou que matou as jovens aplicando um golpe de mata-leão.
Após o assassinato das vítimas, Makson roubava o celular delas. Segundo o delegado, no dia da morte de Fabiane, Makson estava utilizando o aparelho de Angélica, um iPhone 13. Embora o acusado tenha furtado o aparelho da segunda vítima, a polícia não conseguiu encontrá-lo.
A prisão de Makson aconteceu durante a noite de ontem (20), na frente de sua residência. Como não podiam invadir sua casa, esperaram ele sair à noite, provavelmente para fazer mais uma vítima. Os policiais montaram uma campana e o prenderam em via pública.