O procurador regional eleitoral Marcelo Godoy reforçou nesta segunda-feira 1º o pedido de cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) por abuso de poder econômico. Ele se manifestou no plenário do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, que julga o caso nesta tarde.
Em 14 de dezembro, o Ministério Público já havia pedido o acolhimento parcial das ações apresentadas por PL e PT. Os partidos apontam desequilíbrio eleitoral devido a supostas irregularidades na campanha de Moro, a começar por sua filiação ao Podemos. Eles questionam o fato de o ex-magistrado ter se lançado pré-candidato à Presidência e depois ter migrado para o União Brasil a fim de concorrer a senador.
No TRE, Godoy apontou “quebra de isonomia entre os candidatos” e pediu a cassação da chapa eleita para o Senado, além da decretação de inelegibilidade de Moro e de seu primeiro suplente.
Segundo o MP, “a lisura e a legitimidade do pleito foram inegavelmente comprometidas pelo emprego excessivo de recursos financeiros no período que antecedeu o de campanha eleitoral, porquanto aplicou-se monta que, por todos os parâmetros objetivos que se possam adotar, excedem em muito os limites do razoável”.
O órgão avalia ser impossível desvincular os benefícios eleitorais obtidos por Moro por meio de sua pré-candidatura à Presidência e transportados para sua campanha ao Senado, “pois a projeção nacional de uma figura pública desempenha um papel crucial, mesmo em eleição a nível estadual, influenciando diversos aspectos do processo eleitoral”.