Influenciadores digitais de Sorocaba, no interior de São Paulo, foram alvos da Operação Presa Fácil, uma ação conjunta entre o Ministério Público de São Paulo, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e as polícias Civil e Militar. Eles são suspeitos de receber até R$ 15 mil por dia de um grupo criminoso para fazer a divulgação de jogos de azar nas redes sociais.
Na manhã de segunda-feira, 6, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e mais de 20 veículos foram apreendidos em endereços ligados aos influencers, inclusive em um condomínio de luxo na Zona Norte de Sorocaba.
Segundo a Polícia Militar, duas pessoas foram presas em flagrante. Também foram apreendidas duas armas de fogo, munições, motocicletas de alta cilindrada, carros de luxo, motos aquáticas, quadriciclos, celulares, joias, computadores e outros aparelhos eletrônicos.
Foto: Divulgação/PMESP
De acordo com o MP, a rede criminosa, que tinha o Instagram como foco de atuação, estava envolvida com atividades ilegais, promoção de plataformas de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Os envolvidos eram recrutados para divulgar cassinos online por várias plataformas, utilizando suas redes sociais para atrair seguidores. Eles compartilhavam vídeos e imagens fazendo manobras perigosas em motocicletas no trânsito e, após conseguirem muitos seguidores, começavam a divulgar jogos de azar online, dizendo ter enriquecido devido aos jogos, quando na verdade eram pagos pelas plataformas.
Os ganhos com o esquema ilícito eram usados para comprar itens de luxo como carros e motos, usados para promover um estilo de vida luxuoso. Dessa forma, as plataformas de jogo se mostraram ilegítimas e os seguidores eram enganados.
Segundo informações do telejornal TEM Notícias, da TV TEM, um dos influenciadores alegou que recebia até R$ 15 mil por dia para participar do esquema.
Em nota, a Polícia Civil de Sorocaba por meio do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) confirmou que prestou apoio ao Gaeco do Ministério Público, na operação “Presa Fácil”. A investigação continua em andamento para identificar outros envolvidos.
Foto: Divulgação/PMESP