Manaus – A Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf) prorrogou até o dia 28 de junho o prazo para que criadores de bezerras, bovinas e bubalinas, de 3 a 8 meses de idade, vacinem os seus animais contra a brucelose e notifiquem o procedimento junto à autarquia. A primeira etapa da campanha de vacinação iniciou no dia 1º de maio e se encerraria na sexta-feira (31) em todos os municípios do Amazonas.
Segundo o diretor-presidente da Adaf, José Omena, a prorrogação, publicada no Diário Oficial do Estado(DOE-AM), tem o objetivo de ajudar os pecuaristas que por algum motivo ainda não conseguiram imunizar seus animais e comunicar a vacinação junto a um dos escritórios da Adaf.
“A Adaf tem como missão garantir a sanidade dos animais e apoiar o setor primário. A comunicação da vacinação do rebanho deve ser feita no escritório da Adaf onde a propriedade está cadastrada. Os produtores devem apresentar a nota fiscal da vacina e o atestado de imunização”, explicou o diretor-presidente.
As propriedades que não possuem fêmeas em seu rebanho devem declarar a ausência desses animais.
A brucelose é uma doença causada por bactéria, que pode afetar diversas espécies e ser transmitida a humanos. A contaminação pode ocorrer tanto pelo contato direto com animais infectados e suas secreções, como pela ingestão de leite cru e queijo oriundos de leite não pasteurizado.
O médico veterinário e coordenador do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCEBT), no Amazonas, Wiles Silva, reforça que apenas médicos veterinários ou auxiliares cadastrados junto à autarquia podem aplicar a vacina. “A vacina é produzida com bactéria viva atenuada, por isso, a manipulação incorreta pode ocasionar contaminação”, esclarece.
A imunização contra a brucelose é realizada uma única vez e é válida para a vida toda do animal. Proteger bezerras bovinas e bubalinas da brucelose por meio da vacinação atende às diretrizes do PNCEBT, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e tem o objetivo de diminuir o impacto negativo dessa doença na saúde humana e animal, além de promover a competitividade da pecuária nacional. A meta estabelecida pelo Mapa é de que no mínimo 80% das bezerras sejam vacinadas.