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29 de setembro de 2024
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Após conversa com Michelle Bolsonaro, relator decide mudar PL do Aborto

FOTO/REPRODUÇÃO

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio quando feito depois de 22 semanas de gestação, deve fazer alterações na proposta. Agora, o parlamentar defende que a mulher estuprada que decidir pela interrupção da gravidez nesta fase não seja mais presa.

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), autor do projeto de lei que equipara o aborto ao homicídio quando feito depois de 22 semanas de gestação, deve fazer alterações na proposta. Agora, o parlamentar defende que a mulher estuprada que decidir pela interrupção da gravidez nesta fase não seja mais presa.

Punição por estupro

O projeto apresentado pelo causou grande comoção em todo o país nas últimas semanas. Caso seja aprovada, a proposta imporia às mulheres estupradas que interrompessem a gravidez – após as 22 semanas – uma pena, a de homicídio, que pode chegar a 20 anos de prisão, que é inclusive maior que a do próprio estuprador.

O estupro é punido com até 10 anos de prisão.

Os protestos contra ele se intensificaram, principalmente, após a divulgação de dados e pesquisas apontarem para a maioria das vítimas de estupro que engravidam no Brasil como meninas de até 14 anos — violadas em grande parte dentro de suas próprias casas, por seus próprios familiares.

No entanto, segundo Sóstenes, os médicos que participarem do procedimento — e que Michelle chama de “aborteiros” em seu vídeo — seguirão sendo punidos como se fossem homicidas, de acordo com a proposta.

De acordo com o relator, “a mulher não vai ser obrigada a levar a gestação adiante se não quiser”.

Explicação do relator

O parlamentar afirmou ainda que, depois de 22 semanas a mulher não poderá mais abortar, mas sim “vai dar à luz, e o bebê vai ser encaminhado para a UTI neonatal”. O médico seria obrigado a realizar um parto para que “a criança nasça com vida”. E, “se não quiser, a mãe a entrega para a adoção”, afirma o parlamentar.

“Ela vai dar à luz e a criança vai para a UTI neonatal. Não precisa matar o bebê”, disse o deputado a jornalista. Ele afirma que as chances de sobrevivência nestes casos seriam razoáveis. Estudos já mostraram que nascidos com 22 semanas têm de 2% a 15% de chance de não morrer.

Metropoles***

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