Parintins – O Boi-bumbá Caprichoso abriu a segunda noite do 57º Festival de Parintins, neste sábado (29), exaltando os povos indígenas e ribeirinhos com o tema Tradições: O Flamejar da Resistência Popular. O Touro Negro encantou o público com alegorias surpreendentes, mesclando toadas novas e antigas. O Festival de Parintins é organizado pelo Governo do Amazonas e ocorre até domingo (30).
Neste ano, o bumbá azul busca o título de tricampeão. O presidente da agremiação, Rossy Amoedo, está otimista e destacou que as duas noites de apresentação seguiram conforme planejado por toda a equipe, reforçando o trabalho dos últimos meses.
“Abrir o festival é uma responsabilidade muito grande, mesmo assim conseguimos dar um tom legal à festa, o Caprichoso se superou”, disse o presidente.
O boi azulado levou para a arena três alegorias que deixaram o público encantado. A Figura Típica homenageou o Pescador da Amazônia, com cores e movimentos cheios de detalhes, criação dos artistas Márcio Gonçalves e Marlucio Pereira.
A apresentação, conduzida por Edmundo Oran, foi animada e empolgante. O item 1 se diz satisfeito e enfatizou a preparação envolvida no festival.
“Trabalhamos há oito meses junto com o Conselho de Arte. Preparação vocal, preparação mental para suportar, vamos dizer assim, as três noites de festa”, destacou Edmundo.
O Levantador de Toadas Patrick Araújo também se destacou ao cantar “Feito de Pano e Espuma” ao lado do pianista João Gustavo Kienen, emocionando o público.
O espetáculo do Boi Caprichoso foi finalizado com o Ritual Indígena, Rito de Transcendência Marubo. A alegoria do artista Kennedy Prata trouxe a apresentação do Pajé Erick Beltrão.
A animação do item 19, formado pela galera, contou com a participação da paulista Marina Marins, que veio com um grupo de amigos para ver de perto o Touro Negro. É a segunda vez da jovem no festival.
“Até agora eu estou encantada. Acho que ontem o Caprichoso arrasou. A galera deu de 10 e acho que hoje vai ser ainda melhor”, disse Marina.