A Associação Nacional de Jornalismo Digital (ANJD) manifesta veemente repúdio à decisão da Justiça Eleitoral do Amazonas, que, em resposta a uma ação movida pelo candidato à Prefeitura de Manaus, Amom Mandel, ordenou a remoção de um vídeo das redes sociais. No vídeo, o jornalista e empresário Moisés Dutra questiona a veracidade da formação acadêmica do candidato. A determinação judicial também incluiu os Portais CM7 e Laranjeiras, que divulgaram o conteúdo.
No vídeo, além de questionar a formação acadêmica de Amom Mandel, Moisés Dutra menciona que a Superintendência da Polícia Federal no Amazonas (PF/AM) negou ter recebido uma denúncia do candidato contra a cúpula da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) em dezembro de 2023.
Os questionamentos levantados por Moisés Dutra, contrariamente ao que alega Amom Mandel, não visam ofender o candidato, mas sim buscar esclarecimentos necessários. Como figura pública, Amom Mandel deve estar ciente de que suas ações estão sujeitas ao escrutínio da sociedade e da imprensa.
Consideramos essa ação uma tentativa explícita de cerceamento à liberdade de imprensa, um direito constitucional fundamental em qualquer sociedade democrática. O direito à informação e à crítica são pilares indispensáveis para o funcionamento saudável de uma democracia, e a imprensa desempenha o papel crucial de questionar e fiscalizar aqueles que aspiram a cargos públicos.
Esta não é a primeira vez que o deputado Amom Mandel tenta silenciar a imprensa, demonstrando, mais uma vez, sua intolerância a ser confrontado ou questionado. Tal atitude é inaceitável e representa uma grave ameaça ao exercício livre e responsável do jornalismo.
A ANJD reafirma seu compromisso com a defesa intransigente da liberdade de expressão e repudia qualquer tentativa de intimidação ou censura contra profissionais da imprensa.
Marcelo Generoso,
Presidente da Associação Nacional de Jornalismo Digital (ANJD)