O Flamengo “soube sofrer” e, mesmo perdendo o jogo nesta quarta-feira (22) contra o Bolívar, o rubro-negro se classificou por um gol de diferença. Com o resultado conquistado na altitude, o Mais Querido vai às quartas de final da Libertadores.
O tricampeão da América estava com quase um time desfalcado e sofreu um gol de bola cruzada na segunda trave, marcado pelo brasileiro Bruno Sávio. O gol, inclusive, foi muitíssimo semelhante a tantos outros que o Flamengo sofreu este ano, com o técnico Tite.
Rossi fez uma partida impecável e aparentou não sentir as diferenças do ar rarefeito, no Estádio Hernando Siles, em La Paz, na Bolívia. Por outro lado, o jogo não estava dificultoso para o time carioca.
Gerson e Ayrton Lucas tiveram chances claras, sendo a mais a absurda a chance do meio-campista, que aparentemente tentou cavar um pênalti no primeiro tempo. Por outro lado, Ayrton Lucas recebeu uma bola para partir em velocidade, mas, quando ficou frente a frente com o goleiro, isolou o chute.
O Flamengo ainda teve outras chances não tão claras, com Luiz Araújo e Carlinhos, mas, de toda forma, foi uma classificação conquistada na bacia das almas.
Retranqueiro e não reativo
Adenor apresenta os velhos vícios de um técnico datado, retrógrado, covarde, enfim, retranqueiro. Não dá para chamá-lo sequer de técnico reativo.
Nas oportunidades que o Flamengo teve, pouco explorou a cadência através da posse de bola. O time acelerou demais o jogo e, quando demandava fôlego para puxar contra-ataque, o time ficava postado na defesa.
A noite de hoje, sem dúvida, é um dia para a torcida rubro-negra comemorar. Aliviada, ela ganha um fôlego para planejar o confronto contra o Peñarol (URU), com ida no Maracanã e volta em Montevidéu.
Cabe ao treinador, porém, largar sua filosofia de jogo fundamentalista e repensar sua tática à la Corinthians de 2015. Caso contrário, se o técnico se apegar à teimosia, sacramentará uma eliminação.