O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior do Estado do Amazonas (Sintesam) denuncia a negligência em relação à saúde dos servidores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), que estão há 10 anos sem a realização dos exames médicos periódicos obrigatórios. A falta desses exames, essenciais para garantir a prevenção e o acompanhamento da saúde dos trabalhadores, expõe os servidores a riscos de adoecimento sem o devido monitoramento, configurando um descaso com o bem-estar de quem atua diariamente pela educação superior no estado.
De acordo com informações levantadas pelo Sintesam, o último exame periódico realizado aconteceu em 2014. Desde então, apesar da existência de uma verba anual destinada pelo governo para essa finalidade, a universidade não tem tomado as medidas necessárias para garantir que os exames sejam feitos.
Em 2022, a pró-reitora de Gestão de Pessoas da UFAM, Maria Vanusa do Socorro de Souza Firmo, chegou a informar que a equipe da reitoria desconhecia a necessidade de solicitação anual ao Ministério da Educação para liberação dos recursos. Na ocasião, ela afirmou que o processo para 2023 estava em andamento. Contudo, dois anos se passaram sem que qualquer providência fosse tomada.
Segundo o coordenador geral do Sintesam, Diego Squinello, o sindicato envia mensalmente ofícios à reitoria desde maio de 2024, cobrando explicações sobre a situação. “Não obtivemos respostas, e os ofícios sequer foram protocolados no Sistema Eletrônico de Informações (SEI)”, denunciou Squinello. O sindicato alerta para a urgência da retomada dos exames periódicos e exige que a administração da UFAM adote medidas imediatas para garantir a saúde dos servidores.