Um dos três réus acusados pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, mortos em 2022 no Vale do Javari (AM), teve prisão domiciliar concedida nesta sexta-feira, 20/9, pelo desembargador Marcos Augusto de Sousa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)
Os advogados de defesa do acusado alegaram que Oseney apresenta problemas de saúde, e citaram e necessidade de realização uma colonoscopia para tratar de uma hemorragia na região do reto, solicitando a prisão domiciliar.
O homem deverá colocar uma tornozeleira eletrônica para que seja monitorado em Manaus, onde ficará, na casa de um parente.
A decisão da Quarta Turma do TRF1 na última terça-feira, 17/9, também rejeitou a acusação do Ministério Público contra ele.
Na avaliação do desembargador Marcos Augusto, não há provas da participação de Oseney nos homicídios de Bruno e Dom. Em relação à Amarildo e Jefferson, a decisão que levou eles para julgamento no Tribunal do Júri de Tabatinga (AM) foi mantida, e eles continuarão presos.
Relembre o caso
Durante uma viagem de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas, Bruno e Dom foram mortos em uma emboscada no dia 5 de junho de 2022. Eles foram vistos pela última vez enquanto saíam da comunidade São Rafael em direção à Atalaia do Norte (AM) onde iriam se reunir com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas.
Os corpos deles estavam enterrados a cerca de três quilômetros da calha do Rio Itacoaí, em uma área de mata fechada. Eles foram resgatados dez dias depois.