23 de agosto de 2025
DestaquesPolítica

Sindicato pede que deputados citados em lista apreendida pela PF sejam excluídos de comissão de impeachment de Wilson Lima

O Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam) ingressou com um pedido, nesta terça-feira (28), para que a comissão que analisa o impeachment do governador Wilson Lima (PSC), e do vice, Carlos Almeida (PTB), retire de sua composição deputados suspeitos de receberem propina. Os nomes dos parlamentares apareceram em uma lista, apreendida pela Polícia Federal (PF) no gabinete de Lima, durante a operação Sangria.

A lista apreendida pela PF consta o nome de oito deputados, ao lado de uma anotação: ‘5%’. As investigações apuram supostas fraudes e desvios de dinheiro na compra de respiradores para atender casos de Covid-19 no estado, que já registra mais de 3,2 mil mortes pela doença, até esta segunda-feira (27).

O presidente do Sindicato dos Médicos, Mário Vianna, foi quem apresentou o pedido de impeachment na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), em abril deste ano, acusando os governantes de crime de responsabilidade. Nesta terça, o sindicato usou um instrumento que faz parte do regime interno da Aleam, a ‘Questão de Ordem’.

No documento, o sindicato solicita que os oito deputados que constam na lista apreendida pela PF sejam retirados da comissão especial de impeachment e que uma nova eleição de membros seja feita. Uma segunda eleição para a comissão já havia sido realizada, após a primeira ter sido anulada por incompatibilidade no número de membros.

Os deputados citados na lista com ‘5%’ e citados pelo Simeam são: Joana Darc (PL), Roberto Cidade (PV), Carlinhos Bessa (PV), Mayara Pinheiro (PP), Therezinha Ruiz (PSDB), Saullo Vianna (PTB), Abdala Fraxe (Podemos) e Belarmino Lins (PP). O valor de ‘5%’ seria um forte indício do recebimento de propina, segundo afirma o documento.

Ainda no pedido, o sindicato destaca que caso a comissão siga sem a reparação da suposta falha, irá violar a lei. “Não é razoável crer na lisura de um processo contaminado por interesses espúrios das autoridades envolvidas em ditos escândalos”, explica trecho da Questão de Ordem.

A presidente da comissão, deputada Alessandra Campelo (MDB), declarou que o pedido faz ‘acusações infundadas’ contra membros da comissão e deve ser desconsiderado. Porém, segundo a deputada, o pedido foi encaminhado à procuradoria da Aleam, por uma questão de prevenção, para dar um parecer com embasamento jurídico.

“Quero ressaltar que, conforme conversei com colegas deputados, vários deles já vão acionar juridicamente o sindicato pra responder pelas ofensas, calúnia, injúri, difamação e acusações infundadas contra os parlamentares”, disse Campelo.

Leia mais

Aeronave declara emergência e pousa com segurança no Aeroporto de Manaus

Matheus Valadares

STF condena deputada Carla Zambelli a 5 anos de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal

Matheus Valadares

Governo do Amazonas divulga novo boletim sobre a cheia e ações de apoio às vítimas

Matheus Valadares

Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade. Aceitar Leia mais

Ao utilizar este conteúdo, não esqueça de citar a fonte!