Na madrugada desta quinta-feira (20/02), uma operação conjunta das Equipes de Vigilância e Repressão (EVR) da Alfândega da Receita Federal e do Grupo K9 foi realizada no Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. A ação, focada no combate ao contrabando e descaminho, resultou na apreensão de 22,9 kg de Skunk, uma variedade de maconha conhecida por sua alta potência.
Durante a fiscalização, os agentes utilizaram técnicas de análise de risco e o apoio de cães farejadores para identificar uma mala suspeita pertencente a uma passageira com destino ao Rio de Janeiro. Ao abrir a bagagem, foram encontrados 20 tabletes de Skunk, totalizando 22,9 kg da droga, com valor avaliado em R$ 680 mil. A mulher de 31 anos, dona da mala, declarou que iria receber R$ 4 mil pelo serviço de transportar a droga. Ela foi retirada do avião e presa.
O Skunk, também chamado de “supermaconha”, é uma droga derivada da planta Cannabis sativa, a mesma que origina a maconha comum. No entanto, essa variedade possui uma concentração mais elevada de THC (Tetra-hidro-canabinol), o composto responsável pelos efeitos psicoativos. Entre os efeitos mais comuns estão alterações de humor, como euforia, depressão ou sonolência, além de sintomas físicos como olhos vermelhos, dilatação das pupilas e aumento do apetite. Em casos mais graves, pode causar alucinações.
Importância das ações de fiscalização
A Alfândega do Aeroporto de Manaus ressaltou que as operações de fiscalização têm como objetivo principal impedir a entrada de produtos ilegais no país, especialmente aqueles que representam riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Além disso, essas ações ajudam a combater práticas criminosas que prejudicam a economia nacional, como a sonegação de impostos e a concorrência desleal com empresas locais.
A Receita Federal também alerta para o fato de que muitos casos de contrabando e descaminho, frequentemente vistos como infrações menores, estão diretamente ligados ao crime organizado. Essas organizações atuam nas fronteiras do país e utilizam o mercado ilegal de produtos para financiar atividades criminosas, como o tráfico internacional de drogas, armas e munições. A população é incentivada a refletir sobre o impacto dessas ações, que vão além de uma simples “transgressão” e contribuem para problemas como a insegurança pública e o enfraquecimento da economia.