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8 de julho de 2025
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Grupo que extorquia homens casados em Borba atacou até um padre e a igreja católica do município

Grupo atuou durante um ano e meio

FOTO/DIVULGAÇÃO

Policiais civis revelaram detalhes sobre a Operação Mordaça, que desmantelou um grupo que extorquia homens casados em Borba, interior do Amazonas, nesta quinta-feira (21). Através do Instagram, a página utilizada pelo grupo atacou até um padre e a igreja católica do município.

De acordo com informações, seis integrantes de um grupo criminoso administravam perfis chamados “Focas” no Instagram. Eles criavam “caixinhas de perguntas”, recebendo mensagens sobre moradores locais e divulgando o conteúdo sem filtro. Durante um ano e meio, o grupo explanou informações difamatórias e extorquiu dinheiro das vítimas, com valores entre R$ 50 a R$ 200.

As postagens do grupo continham acusações de relacionamentos extraconjugais e alegações de que algumas pessoas estariam infectadas pelo HIV. Quando as vítimas procuravam ajuda, os criminosos exigiam dinheiro para revelar a origem das informações ou para remover as publicações. Em um caso, um dos perfis chegou a exigir favores sexuais de uma mulher.

Os envolvidos são:

  1. Bruna de Souza Valente, 23 anos
  2. Clícia Mar Cardoso, 24 anos
  3. Cris Luan dos Anjos Oliveira, 20 anos
  4. Ketelen de Oliveira Frota, 20 anos
  5. Moisés Moçambique Cadacho, 25 anos
  6. Wesley Froes Campos, 29 anos.

Segundo o delegado Jorge Arcanjo, a primeira fase da operação aconteceu no dia 14 de março, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão  em Borba e na capital. Durante esta fase, Bruna e Wesley foram presos, além de Cris Luan e um outro suspeito, identificado como Elisson Ronald.

Após as primeiras prisões, uma reviravolta ocorreu com Elisson. Ele se tornou uma vítima de Clícia Mar Cardoso. Após se conhecerem online, Clícia ganhou a confiança de Elisson e pediu para usar sua conta bancária, alegando problemas com transferências.

Com a chave Pix dele, Clícia criou um perfil “Foca” e extorquiu vítimas, mas sem Elisson saber que estava recebendo depósitos de origem criminosa, através de Clícia.

Durante a busca na casa de Cris Luan, um novo perfil “Foca” foi encontrado no celular de sua companheira, Ketelen de Oliveira Frota, que foi interrogada no dia 14 de março.

A segunda fase da operação aconteceu na terça-feira (18/03) e culminou nas prisões preventivas para todos os envolvidos, exceto Elisson, cuja prisão teve revogação. Os policiais capturaram Clícia Mar, em Borba, e Ketelen e Moisés, que seguia foragido, em Manaus.

Jogos de azar

Além dos crimes de difamação e extorsão, o grupo também recrutava pessoas interessadas em jogos de azar on-line, como o “Jogo do Tigrinho”.

Procedimentos legais

Os suspeitos enfrentarão acusações de associação criminosa, extorsão, estelionato, calúnia, difamação, injúria, propaganda enganosa, crime contra as relações de consumo e contravenção penal relacionada a jogos de azar.

 

 

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