23 de novembro de 2025
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Mercado reduz previsão para expansão da economia em 2025

Novos dados do Boletim Focus revelam expectativas do mercado financeiro

FOTO/REPRODUÇÃO

O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (31) em Brasília, reduziu a previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025. Esta pesquisa ocorre semanalmente pelo Banco Central (BC) com as expectativas de instituições financeiras.

Para este ano, a estimativa de crescimento caiu de 1,98% para 1,97%. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2026 permanece em 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro prevê uma expansão de 2% para cada um desses anos.

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de crescimento. Essa é a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão para a cotação do dólar é de R$ 5,92 ao final deste ano. Para o fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana atinja R$ 6.

Inflação

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, para 2025 foi mantida em 5,65%. Para 2026, a projeção é de 4,5%. Já para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa de 2025 está acima do teto da meta de inflação, que o BC deve seguir. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Assim, os limites são de 1,5% e 4,5%.

A inflação oficial ficou em 1,31% em fevereiro, puxada pela alta da energia elétrica, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o maior resultado desde março de 2022, quando a inflação foi de 1,62%. É também o maior índice para um mês de fevereiro desde 2003, que registrou 1,57%. Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

Juros Básicos

Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que está definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

O aumento dos preços dos alimentos e da energia, além das incertezas na economia global, levaram o BC a elevar os juros em um ponto percentual na reunião da semana passada. Este foi o quinto aumento consecutivo da Selic durante um ciclo de contração na política monetária.

O Copom informou que a economia brasileira está aquecida, embora haja sinais de moderação na expansão. A inflação cheia e os núcleos, que excluem preços mais voláteis como alimentos e energia, continuam em alta. O órgão alertou que a inflação de serviços pode continuar elevada e que monitorará a política econômica do governo.

Sobre as próximas reuniões, o Copom indicou que aumentará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não forneceu pistas sobre os próximos passos. Ainda em janeiro, o Copom fez uma reunião onde a decidiu elevar a taxa em um ponto percentual.

Até o final deste ano, a expectativa do mercado é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é de redução para 12,5%, 10,5% e 10%, respectivamente.

Conter demanda

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a demanda aquecida. Essa ação impacta os preços, pois juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Contudo, os bancos também consideram outros fatores ao definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Por isso, taxas mais altas podem dificultar a expansão da economia.

Por outro lado, quando a taxa Selic é reduzida, o crédito tende a ficar mais barato, incentivando a produção e o consumo. Isso reduz o controle sobre a inflação e estimula a atividade econômica.

 

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