Na noite de quinta-feira, 10, cerca de mil indígenas invadiram o gramado do Congresso Nacional. Eles participavam do Acampamento Terra Livre, um evento anual que mobiliza os povos indígenas do Brasil. A invasão ocorreu após os manifestantes derrubarem os gradis que cercavam a área.
O comunicado da Câmara dos Deputados informa que “as Polícias Legislativas Federais da Câmara e do Senado usaram agentes químicos para conter a invasão e impedir a entrada no Palácio do Congresso”.
De acordo com a Câmara, o acordo com o movimento indígena previa que os aproximadamente 5 mil manifestantes se limitassem à Avenida José Sarney, antes da Avenida das Bandeiras. No entanto, parte dos indígenas decidiu avançar.
A nota da Câmara afirma que a situação já foi controlada. Além disso, houve um reforço no policiamento da Câmara e do Senado.
O Senado também se manifestou sobre o episódio. “No início da noite de quarta-feira, devido ao avanço inesperado de manifestantes do acampamento indígena ‘Terra Livre’ em direção ao Poder Legislativo, foi necessário conter os manifestantes. O procedimento ocorreu sem grandes intercorrências”, diz o comunicado. A nota ressalta que a dissuasão ocorreu apenas com meios não letais para o reestabelecimento da ordem.
O Senado enfatiza que respeita os povos originários e toda forma de manifestação pacífica. Contudo, é essencial garantir a segurança dos servidores, visitantes e parlamentares, além de respeitar a sede do Congresso Nacional.
A 21ª edição do Acampamento Terra Livre 2025, considerado o maior encontro de mobilização indígena do Brasil, começou na segunda-feira, 7, e vai até esta sexta-feira, 11, em Brasília.
Imagens nas redes sociais mostram o momento em que as Polícias Legislativas contém os indígenas após a invasão do gramado do Congresso.