A 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus condenou Miqueias Lima da Silva a 27 anos de prisão e Murilo Marinho de Araújo a 54 anos. A dupla matou Cloves Fernandes Barbosa e Jardson Nunes de Melo Barbosa, ambos pai e filho. Além disso, Cloves era irmão de Zé Roberto, um narcotraficante amazonense que segue preso numa penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso.
De acordo com a sentença, Miqueias cumprirá 27 anos, um mês e 15 dias por duplo homicídio simples. Murilo, por sua vez, recebeu uma pena de 54 anos, dois meses e 29 dias por duplo homicídio qualificado, motivado por razões torpes e com o uso de recursos que dificultaram a defesa das vítimas.
Outros três homens também apareceram no processo. Leonardo Bulcão Dutra e Jackson Santana de Souza foram absolvidos pelos jurados. Samuel Carvalho da Silva teve a punibilidade extinta, pois faleceu durante a tramitação do caso. Jhonson Alves Barbosa, por outro lado, permanece foragido. O tribunal suspendeu seu processo por não conseguir localizá-lo para citação. Durante o julgamento, Miqueias e Murilo confessaram sua participação no crime.
O Ministério Público denunciou que o crime resultou de disputas entre facções criminosas. As vítimas sofreram execução com vários tiros. A acusação revela que os autores alugaram um imóvel no mesmo bloco para facilitar o ataque.
O juiz Fábio Lopes Alfaia determinou o início imediato da execução da pena de Murilo e Miqueias. O tribunal revogou as prisões preventivas dos absolvidos. Contudo, Leonardo continua preso devido a uma condenação em outro processo por roubo majorado. A defesa pode recorrer da sentença.
