Na manhã desta segunda-feira (2), a Polícia Civil realizou uma operação contra uma quadrilha que aplicava golpes de crédito consignado destinados a professores da rede pública estadual. Conduzida pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP)A ação, denominada Lousa Negra, prendeu 7 pessoas.
De acordo com as investigações, o grupo utilizava táticas complexas para enganar as vítimas. A princípio, eles utilizavam informações pessoais por meio de plataformas públicas e sites de transparência governamental.
Com esses dados, eles falsificavam documentos e criavam perfis falsos para se passarem por professores e servidores públicos. Desse modo, ocorria a facilitação da contratação de empréstimos fraudulentos por meio de operações bancárias online.
A polícia também identificou que alguns membros da quadrilha utilizavam aplicativos de bancos que permitiam operações por “clique único”. Assim, eliminavam a necessidade de presença física dos clientes, o que contribuía para a rápida disseminação do golpe.
A organização criminosa movimentou um montante superior a R$ 3 milhões em menos de um ano, causando prejuízos financeiros a dezenas de servidores públicos.
Funcionários envolvidos
Os envolvidos também contavam com colaboradores internos de bancos, incluindo gerentes e correspondentes bancários, que facilitavam a liberação dos créditos ilícitos mediante a assinatura de documentos falsificados e a manipulação de sistemas digitais.
Entre os presos estão nomes como Alan Douglas Pereira Barbosa, gerente de uma instituição financeira privada, além de indivíduos com funções variadas na estrutura do esquema. Há também a participação de um pastor, identificado como John Harry, o pai de santo Luiz Roberto, além de Manoel Moreno Penha Júnior e Samuel da Costa Matos.
Antecedente criminal
Alan Douglas já possui antecedentes em investigação por envolvimento em outro esquema de fraudes financeiras, incluindo a liberação irregular de créditos para aquisição de veículos. Os demais presos também desempenhavam papéis essenciais na engrenagem criminosa, atuando na coleta de dados, na falsificação de documentos e na facilitação dos empréstimos fraudulentos.
As vítimas só perceberam a fraude após o desconto indevido em seus contracheques, que acontecia meses após a contratação dos empréstimos falsificados. Por fim, o impacto financeiro foi significativo, especialmente entre os profissionais da educação pública, que tiveram valores descontados de forma indevida de seus salários.
Todos os envolvidos responderão por vários crimes como:
- Organização criminosa
- Falsificação de documentos
- Uso de documentos falsos
- Estelionato
- Falsidade ideológica
- Falsidade de identidade.