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18 de junho de 2025
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Exposição “Graffitigrafismo Amazônico” une arte urbana e tradição indígena na Galeria da UFAM

Arte contemporânea e cultura ancestral se encontram em mostra inédita de Raiz Campos

FOTO/DIVULGAÇÃO

A Galeria de Arte da Universidade Federal do Amazonas (GAU) recebe, de 18 de junho a 18 de julho, a exposição “Graffitigrafismo Amazônico”, do renomado artista urbano Raiz Campos. Com curadoria do próprio artista, em parceria com Paulo Simonetti e a Associação dos Artesãos de Novo Airão, a mostra propõe uma fusão inovadora entre graffiti e grafismos indígenas da Amazônia.

A abertura oficial acontece no dia 18 de junho, às 14h30. A visitação é gratuita e ocorre de segunda a sexta-feira, das 12h às 17h.

Técnica inovadora une graffiti e arte indígena

Raiz Campos desenvolveu uma técnica única ao pintar sobre tupés — esteiras artesanais confeccionadas com fibras naturais pelos artesãos de Novo Airão. Os grafismos indígenas se entrelaçam com a estética urbana do graffiti, formando obras que retratam animais da fauna amazônica e figuras indígenas, tudo com efeitos de transparência que dialogam com os padrões trançados do suporte.

Essa proposta estética original transforma cada obra em uma peça de arte híbrida, que respeita e valoriza a ancestralidade indígena, ao mesmo tempo em que dialoga com a contemporaneidade.

Uma experiência sensorial e inclusiva

Mais do que uma exposição visual, a mostra propõe uma experiência imersiva. Os visitantes podem tocar as obras e sentir as texturas das fibras naturais, além de contar com recursos de acessibilidade, como textos em braile para pessoas com deficiência visual. Assim, a proposta vai além da contemplação e promove a inclusão cultural.

A origem do projeto: um sonho transformado em arte

A inspiração para o projeto nasceu de um sonho vívido de Raiz Campos, no qual ele via um grande mural que, ao se afastar, revelava-se como uma imensa esteira indígena.

Esse sonho se transformou em coleções que já percorreram espaços culturais no Brasil e no exterior, incluindo:

  1. Washington (EUA)
  2. Paris (França)
  3. Curitiba
  4. João Pessoa,
  5. Fortaleza
  6. Manaus.

Com isso, o Graffitigrafismo Amazônico se consolidou como uma nova linguagem artística, reconhecida por seu impacto visual e relevância cultural.

Quem é Raiz Campos?

Raiz Campos é um dos principais nomes do graffiti na região Norte do Brasil. Filho de migrantes nordestinos e criado na Vila do Pitinga, no interior do Amazonas, iniciou-se na arte de forma autodidata. Mudou-se para Manaus aos 18 anos, onde desenvolveu seu estilo característico.

Sua carreira já o levou a exposições internacionais e ao reconhecimento por instituições renomadas, como a Fundação Bunge e o Humboldt Forum, em Berlim. Suas obras celebram a biodiversidade amazônica e a resistência das culturas tradicionais.

Parceria com os artesãos de Novo Airão: tradição viva

A exposição também é fruto de uma parceria com a Associação dos Artesãos de Novo Airão, que reúne mais de 20 famílias especializadas no trançado indígena Baré. Os “tupés” utilizados nas obras não são apenas suporte artístico, mas representam um ato de resistência cultural, mantendo viva uma tradição passada de geração em geração.

Essa colaboração valoriza o fazer manual, a sabedoria ancestral e a importância do coletivo na produção artística.

 

IMAGEM: DIVULGAÇÃO

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