Manaus – Uma jovem, identificada como Paola Karolayne, de 25 anos, moradora da zona leste de Manaus, usou as redes sociais na manhã desta quarta-feira (18) para fazer um desabafo sobre seu vício em jogos de azar. Paola revelou estar enfrentando uma dívida de quase R$ 100 mil, resultado de apostas frequentes em plataformas online.
Segundo o relato, o vício levou à perda de grandes quantias de dinheiro, além do uso de cartões de crédito, e dinheiro emprestado de agiotas e do comprometimento de seu próprio patrimônio pessoal. “Minha família e minha esposa são meus maiores tesouros eu espero que eles me perdoem por isso. E aos meus amigos, vocês podem ficar chateados, mas espero que falem comigo daqui um tempo, eu amo vocês”, disse a jovem.
O caso de Paola reflete um cenário preocupante: o crescimento do vício em jogos de azar no Brasil, especialmente entre jovens. Impulsionado pela facilidade de acesso a plataformas digitais e jogos como o popular “Jogo do Tigrinho”, esse comportamento compulsivo tem sido cada vez mais frequente.
O vício em jogos, também conhecido como ludopatia, é reconhecido como um transtorno psicológico grave, que pode provocar sérias consequências na vida financeira, nos relacionamentos e na saúde mental de quem sofre com a condição.
Paola afirma que está buscando ajuda profissional, incluindo acompanhamento psicológico e sessões de terapia, para superar a dependência.
Veja vídeo:
Sinais de alerta para o vício em jogos de azar:
-
Necessidade de apostar quantias cada vez maiores para sentir a mesma emoção;
-
Irritabilidade ou ansiedade quando não está jogando;
-
Incapacidade de parar, mesmo com o desejo de fazê-lo;
-
Obsessão por jogos de azar e pensamentos constantes sobre apostas;
-
Mentiras sobre quanto tempo ou dinheiro está sendo gasto em jogos;
-
Prejuízos em relacionamentos, estudos ou trabalho por causa do vício;
-
Endividamento e problemas financeiros graves.
Especialistas alertam que o tratamento da ludopatia deve ser levado a sério e buscar apoio profissional é fundamental para a recuperação. Existem clínicas, grupos de apoio e serviços psicológicos especializados nesse tipo de transtorno em diversas cidades do país.