22 de agosto de 2025
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Mãe que foi presa após estuprador matar sua filha em Jutaí ganha liberdade

Juiz reconhece excesso de prazo e determina soltura com medidas cautelares em Jutaí (AM)

A Justiça do município de Jutaí (AM) revogou, nesta segunda-feira, 7, a prisão preventiva de Vitória Assis Nogueira, após 8 meses. A jovem é mãe da pequena Lailla Vitória, de um ano e sete meses, que vítima de um estupro seguido de morte em setembro de 2024.

De acordo com o advogado Vilson Benayon, que atua na defesa ao lado da criminalista Mayara Bicharra, a decisão representa um passo importante rumo à justiça:

“Trata-se de um gesto de justiça, considerando a dupla penalidade imposta à mãe. Além de perder a filha, ela ainda teve a prisão preventiva decretada e permaneceu presa por um período excessivamente longo.”

Audiência durou mais de 11 horas

Durante a audiência, que se estendeu por mais de 11 horas, foram ouvidas mais de dez testemunhas de acusação, incluindo policiais civis, militares e guardas municipais.

Ao término da oitiva, tanto a defesa de Vitória quanto os advogados dos outros quatro réus presentes solicitaram a revogação da prisão preventiva. Ademais, o Ministério Público também se posicionou favoravelmente ao pedido e destacou que, em um processo com 16 acusados, apenas cinco seguiam presos até então.

Imagem: Divulgação

Liberdade concedida por excesso de prazo

Diante do adiamento da audiência para uma nova data ainda indefinida, o juiz da comarca reconheceu o excesso de prazo e determinou a liberdade dos réus, conforme previsto no artigo 319 do Código de Processo Penal, que permite medidas cautelares alternativas à prisão.

A soltura foi condicionada ao cumprimento dessas medidas, como forma de garantir o andamento regular do processo.

“Já haviam transcorrido mais de oito meses entre a prisão e a audiência de instrução. A extensão da liberdade era necessária e legalmente justificada”, completou o advogado Vilson Benayon.

Caso continua em investigação

A morte de Lailla Vitória, ocorrida em setembro de 2024, segue sendo investigada. O caso causou grande comoção pública na época e continua gerando forte interesse da sociedade. Portanto, a audiência desta semana representa um avanço importante no curso do processo judicial, que busca esclarecer todas as circunstâncias envolvidas no falecimento da criança.

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