Em entrevista na frente do Senado Federal nesta quinta-feira, 17, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que Donald Trump tem “simpatia” por ele. Além disso, o ex-presidente também comentou sobre a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelos Estados Unidos e pediu negociação, destacando a importância de dialogar com o país.
Na ocasião, os repórteres questionaram Bolsonaro sobre uma possível condenação no STF por participação na trama golpista. Ele teme que isso possa levar Trump a tomar medidas mais drásticas contra o Brasil. Trump aplicou a tarifa de 50% após afirmar que Bolsonaro estava sendo vítima de uma “caça às bruxas”.
A princípio, Bolsonaro declarou: “Ele tem uma simpatia comigo. Ele falou que eu fui um presidente honesto, que negociei com ele”. Além disso, ressalta a necessidade de diálogo com os Estados Unidos, país que descreve como um “gigante econômico e bélico”. Bolsonaro critica o posicionamento do Brasil sobre o conflito entre Israel e Irã, dizendo que o governo brasileiro deveria agir diferente.
“Graças a Deus, elegeram Trump. Podemos sonhar com a retomada da nossa democracia. Eduardo, meu filho, luta lá para restabelecer nossa liberdade. Aqui, perdemos alguns direitos. E, se alguém me perguntar se posso ser preso, a resposta é sim. Pode acontecer a qualquer um”, afirmou.
Vítima de injustiça
Bolsonaro também falou sobre sua inocência e a acusação do STF. Ele garante que é vítima de uma “injustiça” e que não pensa em prisão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu sua condenação por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e violação do Estado Democrático de Direito. Se condenado, Bolsonaro pode pegar mais de 40 anos de prisão.
“É uma injustiça comigo e com quem apoia meu trabalho. Também com meus aliados presos ou exilados, como meu filho na Argentina e outros que estão nos Estados Unidos”, declarou.
Ademais, O ex-presidente defende a permanência de Eduardo Bolsonaro nos EUA. Ele afirma que poderão prender Eduardo caso ele volte ao Brasil. Por fim, Bolsonaro declarou: “se ele vier pra cá, será preso. Ele está mais útil lá. Está respondendo a processos, assim como outros parlamentares”.