Um homem, de identidade ainda não divulgada, foi preso no início da manhã desta segunda-feira (24), em Manaus, suspeito de tentar assaltar um micro-ônibus do transporte executivo, em Manaus. A prisão aconteceu após o motorista do veículo avistar uma equipe da polícia na rua e acionar a corporação. Os passageiros foram agredidos.
O motorista contou que no momento do assalto, temeu pela vida. Dentro do veículo estavam 20 passageiros. A cobradora do micro-ônibus é esposa do condutor.
“Eu temi mais por ela que ficou nervosa. Eu tentei manter a calma”, disse.
A ação, segundo ele, durou cerca de dez minutos. Após anunciar o assalto, o suspeito pediu para que o motorista seguisse para outro caminho. O crime foi interceptado pela polícia na Avenida das Flores.
“Quando eu avistei a polícia, eu liguei o pisca alerta e fiz o sinal. Prontamente, eles já entenderam, fecharam o carro, mas o assaltante colocou a arma na minha cabeça, pediu para eu acelerar e não quis saber se eu ia colidir com a viatura, não quis saber da vida de ninguém, só queria que eu acelerasse. Foi no momento que a equipe atirou nos pneus”, explicou.
Uma professora, que preferiu não se identificar, contou que estava à caminho do trabalho com a filha.
“Sempre que eu entro em qualquer transporte, vou fazendo minhas orações. Nesse momento [do assalto] eu já tinha iniciado, inclusive, eu sou católica e ando com um terço no braço. Eu só intensifiquei e Deus nos livrou do pior”, contou.
O soldado da 15° Companhia Interativa Comunitária (Cicom) Bruno Everson contou que estava saindo de serviço para a unidade quando foram abordados pelo motorista.
“Ele [motorista] deu dois piscas alertas, jogou o ônibus para o lado, nós achamos estranho, foi quando ele fez sinal com a mão, resolvemos fazer uma abordagem ao veículo, avistamos uma pessoa com uma arma de fogo apontada para a cabeça do motorista, avançou e quase bateu na viatura”, narrou.
Os passageiros, motorista e o suspeito foram levados para o 6° Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde o caso foi registrado, bem como os pertences das vítimas que foram devolvidos.