16 de setembro de 2025
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Mesmo com tarifa de 50%, EUA poupam produtos brasileiros estratégicos

A medida entra em vigor em agosto de 2025, conforme comunicado oficial da Casa Branca.

ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto nesta quarta-feira (30) que aplica uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, elevando o total para 50%. A medida entra em vigor em agosto de 2025, conforme comunicado oficial da Casa Branca.

De acordo com o governo norte-americano, a tomada de decisão veio como forma de “lidar com as políticas, práticas e ações recentes do governo brasileiro que representam uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

Apesar do impacto direto sobre o comércio, o comunicado não faz qualquer menção ao volume de trocas comerciais ou ao saldo da balança comercial entre os dois países. O decreto isenta determinados alimentos, minérios e produtos de energia e aviação civil, entre outros.

Confira a lista:

onfira os principais produtos que não serão sobretaxados:

Aeronaves civis e peças

Estão isentos aeronaves civis, motores, simuladores de voo, componentes como tubos, sistemas elétricos, pneus e estruturas metálicas.

Veículos e autopeças

Veículos de passageiros (sedans, SUVs, minivans, vans e caminhões leves) e suas peças e componentes continuam sem tarifa adicional.

Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre

Itens semiacabados e componentes industriais derivados desses metais também estão fora da nova alíquota.

Fertilizantes agrícolas

Fertilizantes amplamente utilizados pela agricultura brasileira seguem isentos da sobretaxa.

Produtos agrícolas e de madeira

Castanha-do-brasil, suco e polpa de laranja, madeira tropical, mica bruta, polpa de madeira e fibras como sisal seguem livres da tarifa.

Metais e minerais estratégicos

Produtos como silício, ferro-gusa, alumina, estanho, ouro, prata, ferroníquel e ferronióbio também estão isentos.

 Energia e derivados

Carvão, gás natural, petróleo, querosene, óleos lubrificantes, parafina, betume, coque de petróleo e energia elétrica não serão afetados.

 Bens retornados aos EUA

Artigos enviados para reparos, modificações ou processamento e que retornam aos EUA sob determinadas condições estão isentos.

 Produtos em trânsito

Itens já em transporte até a entrada em vigor da medida (chegada até 5 de outubro) não serão afetados pela nova tarifa.

Itens de uso pessoal

Produtos acompanhando passageiros em viagem aos EUA também ficam livres da tarifa adicional.

 Doações e materiais informativos

Doações de alimentos, medicamentos, roupas, livros, filmes, pôsteres e conteúdos jornalísticos seguem liberados — salvo risco à segurança nacional.

Censura e perseguição política

O texto cita como justificativa para a tarifa ações do governo brasileiro que, segundo Trump, estariam relacionadas a:

  • Perseguição política
  • Censura e assédio a opositores
  • Violação de direitos humanos
  • Suposta repressão à liberdade de expressão de cidadãos americanos

O comunicado destaca o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), alegando que o caso reflete um padrão de ações autoritárias contra adversários políticos no Brasil.

Moraes é citado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é citado nominalmente no documento. Trump o acusa de:

  • Intimidar opositores
  • Impor censura a empresas americanas
  • Coagir companhias por meio do congelamento de ativos

Etanol e outros produtos terão tarifa superior a 50%

Com a nova política, produtos brasileiros passarão a sofrer uma tarifa de 50% sobre o valor de importação. No caso do etanol, a alíquota subirá de 12,5% para 52,5%, somando a tarifa original à sobretaxa anunciada.

Essa é a maior tarifa aplicada pelo governo americano a um país exportador desde o início das sanções comerciais anunciadas por Trump em 2025.

 

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