A Polícia Civil realizou nesta sexta-feira, 1º de agosto, a apresentação da prisão de um homem de 41 anos acusado de estuprar a própria sobrinha, uma adolescente de 13 anos. A prisão preventiva aconteceu na última quarta-feira, 30 de julho, no bairro Centro, em Manacapuru, região metropolitana de Manaus.
De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da DEP de Manacapuru, os abusos sexuais tiveram início quando a vítima tinha apenas 6 anos. Na época, ela ficava sob os cuidados da avó materna e da tia, esposa do acusado, na mesma cidade. Os pais da vítima eram separados, e ela morava com a avó e a tia, enquanto sua mãe trabalhava em Manaus.
A delegada explicou que o autor aproveitava momentos em que a criança era levada da escola pelo pai ou pelo marido da tia para praticar os abusos em locais deserto. Além disso, a vítima relatou que o agressor a ameaçava, dizendo que faria “coisa pior” caso ela contasse algo a alguém.
Relatos de abuso e silêncio da vítima
A criança tentou relatar os abusos para a tia aos sete anos, mas o autor negou e passou a ser mais agressivo com ela. De acordo com a vítima, ele a levava no banco de trás do carro, a despia totalmente e cometia diversos abusos. Várias vezes, ela chegava chorando na casa da avó, alegando quea repreenderam por algo na escola, e o agressor manipulava a situação para encobrir seus atos.
Devido à descrença da família e às ameaças do agressor, a vítima permaneceu em silêncio por anos. Na adolescência, ela começou a apresentar comportamentos estranhos e buscou acompanhamento psicológico, o que permitiu que ela finalmente relatasse os abusos sofridos.
Prisão preventiva e medidas protetivas
Com o relato da adolescente, os pais procuraram a DEP de Manacapuru, que instaurou as investigações. Diante da gravidade do caso e do risco de impunidade, as autoridades pediram a prisão preventiva do suspeito, que ainda faz parte do núcleo familiar da vítima.
A delegada Joyce Coelho ressaltou a importância de os responsáveis acreditarem e apoiarem as crianças ao denunciarem abusos sexuais, destacando que muitas vítimas têm medo ou vergonha de falar. Ela lembrou que o trauma causado por esses atos pode impactar a vida toda da vítima.
Responsabilização e combate à violência sexual infantil
O homem responderá por estupro de vulnerável e está à disposição da Justiça. A Polícia Civil reforça a necessidade de denúncia imediata de casos de violência sexual infantil para proteção da vítima e responsabilização do agressor.