A Polícia Civil divulgou, nesta quarta-feira (20), informações sobre uma investigação que resultou no afastamento de um professor da rede pública de ensino. Ele é acusado por 22 estudantes, com idades a partir de 11 anos, de importunação sexual e estupro de vulnerável.
Procedimentos iniciais e apuração
De acordo com o delegado David Jordão, da 34ª DIP de Careiro Castanho, o caso chegou ao conhecimento da equipe por meio de um Procedimento Operacional Padrão (POP) da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc). Na ocasião, alunos denunciaram o professor à gestão da escola estadual. As informações indicavam que o professor, que lecionava para turmas do 5º ano, mantinha comportamentos inadequados com os alunos.
“Os relatos indicam aproximações excessivas, olhares sugestivos e, em um dos casos, houve menção a toques indevidos nos seios de uma das alunas. A partir disso, iniciamos imediatamente as diligências para apurar os fatos e levamos o caso ao conhecimento do Judiciário. Solicitamos à Justiça o mandado de prisão temporária do investigado, mas o pedido foi indeferido”, explicou o delegado.
Afastamento e diligências
De acordo com David Jordão, a Justiça determinou o afastamento do professor de forma imediata e a Secretaria cumpriu. Isso permitiu o avanço das investigações com as garantias legais necessárias. Todavia, na última segunda-feira (19), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do professor. Durante a ação, as autoridades recolheram o celular e o notebook dele.
“Nos dispositivos apreendidos encontramos, de forma preliminar, materiais de conteúdo pornográfico. Desse modo, peritos analisarão esses arquivos para verificar a natureza exata do conteúdo. Portanto, as investigações continuarão com a realização de escutas especializadas com os estudantes e outras diligências autorizadas pela Justiça. Sendo assim, o nosso objetivo é garantir a condução técnica detodos os procedimentos, com responsabilidade e dentro dos limites da lei”, completou Jordão.
Medidas da Seduc e continuidade das investigações A Seduc informa que, assim que a direção da unidade escolar tomou ciência das denúncias, adotou o Procedimento Operacional Padrão (POP), reportando o caso à Secretaria de Educação e acionando o Núcleo de Inteligência em Segurança Escolar (Nise).
O servidor foi afastado de suas funções. A Secretaria de Educação ressalta que, neste momento, o caso está sendo acompanhado, também, pela Comissão de Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual (Ceams) e que está colaborando com as investigações das autoridades.
A Polícia Civil reforça que o caso permanece sob investigação, com o objetivo de reunir elementos que esclareçam os fatos e possibilitem a adoção das medidas cabíveis dentro do que a legislação determina.