A jovem Letícia Paul, de 22 anos, faleceu na última quarta-feira, 20, após sofrer um choque anafilático em decorrência do uso de contraste durante um exame de tomografia no Hospital Regional Alto Vale, em Rio do Sul, Santa Catarina. O incidente, que ocorreu na terça-feira, 19, levou a jovem a ser reanimada após uma parada cardíaca, mas, infelizmente, ela não resistiu e faleceu no dia seguinte.
O que causou a reação alérgica?
Letícia havia realizado tomografias regularmente devido a um histórico de infecção urinária e pedras nos rins. No entanto, o uso do contraste, substância química usada para realçar áreas do corpo em exames de imagem, provocou uma reação alérgica grave e rara, conhecida como choque anafilático. De acordo com a tia da vítima, Sandra Paul, Letícia passou mal durante o exame e foi imediatamente entubada após a primeira parada cardíaca, mas faleceu menos de 24 horas depois.
O que é o contraste usado em tomografias?
O contraste é uma substância química comumente utilizada em exames de imagem, como tomografias e ressonâncias magnéticas. Ele ajuda a destacar áreas específicas do corpo, permitindo que os médicos visualizem melhor os órgãos e tecidos durante os exames. Embora as reações adversas ao contraste sejam raras, elas podem ocorrer em casos isolados.
O caso em Rio do Sul
Letícia era formada em Direito e cursava uma pós-graduação em Direito e Negócios Imobiliários. O velório aconteceu na quinta-feira, 21, e seu corpo foi cremado em Balneário Camboriú. A família está em luto e buscando respostas para a perda precoce da jovem. O Hospital Regional Alto Vale, responsável pelo atendimento, se pronunciou por meio de nota, lamentando o ocorrido e reafirmando o compromisso com a ética e a segurança assistencial.
Prevenção
Apesar de ser um exame geralmente seguro, a reação adversa ao contraste, como o choque anafilático, pode ocorrer. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) destacam que as reações adversas são extremamente raras. No entanto, é fundamental que pacientes com histórico de alergias informem seus médicos sobre quaisquer condições pré-existentes para prevenir complicações durante exames médicos.
Este trágico caso evidencia a importância de uma comunicação clara entre pacientes e médicos antes de realizar exames com contraste. As famílias devem estar cientes dos riscos, embora raros, e os hospitais devem garantir protocolos rigorosos para minimizar qualquer possibilidade de reação adversa.