A seleção brasileira encerrou sua trajetória nas Eliminatórias da Copa de 2026 com uma derrota surpreendente para a Bolívia, por 1 a 0, na altitude de El Alto, a 4.100 metros acima do nível do mar. Foi o ponto final para a pior campanha da história da equipe no atual formato: apenas quinto lugar, com 28 pontos e 51% de aproveitamento.
Um Brasil irreconhecível
A derrota, além de impactante, recebeu duras críticas no cenário internacional. O jornal espanhol Marca rotulou o Brasil como “irreconhecível”, enquanto a imprensa argentina celebrou o “feito da Bolívia”. A explicação técnica ainda é insuficiente — mesmo com a altitude e a estratégia de poupar forças, o desempenho coletivo deixou a desejar.
O argumento da altitude e falta de preparação
Colunistas e comentaristas já reconhecem que jogar em El Alto é sempre uma missão complicada. Todavia, eles alertam que há um “componente de exagero claro” nessa justificativa. A equipe, mesmo sem sofrer gols nas Eliminatórias desde a chegada de Ancelotti, mostrou-se apática; as tentativas de adaptação como chegar poucas horas antes foram inócuas diante da altitude.
Pior campanha e consolo curto
Apesar da classificação garantida com o novo formato ampliado para 48 seleções, o ciclo deixa um gosto amargo. A quinta colocação, inédita e vergonhosa, distorce a percepção de estabilidade da seleção brasileira A vitória foi fundamental para a Bolívia, que conquistou vaga para disputar a repescagem intercontinental.
Por fim, a derrota para a Bolívia expôs uma seleção brasileira que parece ter perdido alma. Faltou fôlego, faltou vontade, faltou o “jogo bonito” que sempre simbolizou o Brasil. A altitude foi real, mas a falta de preparo mental e físico destoou ainda mais. A campanha mais frágil da era moderna acendeu um alerta: antes de pensar em títulos, é urgente acertar o que foi deixado para trás nas Eliminatórias.