Familiares de cinco homens presos em Manacapuru, na região metropolitana de Manaus, se reuniram nesta sexta-feira (12) para pedir justiça e a libertação dos rapazes. Na madrugada do último domingo (7), a polícia deteve os vigilantes noturnos que atuam como seguranças na cidade, apontados inicialmente como autores de tentativa de homicídio e formação de quadrilha.
De acordo com a PM, os homens estavam na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro da cidade, com um jovem de 20 anos algemado na carroceria de uma picape branca. A vítima apresentava ferimentos graves e sinais de espancamento.
Durante a abordagem, os PMs apreenderam um revólver calibre 38, munições, bastões de madeira e rádios comunicadores. A vítima, identificada como Daniel da Silva Lima, foi socorrida e levada a uma unidade de saúde.
Versão das famílias
Todavia, parentes e amigos dos presos contestam a versão policial. Em um ato público, eles relataram que Daniel é conhecido na região por furtos e já possui passagens policiais. Além disso, ele praticava roubo de fios e objetos em praças da cidade. Segundo os familiares, na noite de sábado (6), vigilantes e comerciantes estariam tentando recuperar um mini parquinho furtado dias antes, quando reconheceram Daniel e tentaram imobilizá-lo até a chegada da polícia.
“Meu marido é trabalhador, nunca precisou roubar. Ele apenas ajudou a deter um suspeito e agora está preso como criminoso. Infelizmente o verdadeiro ladrão está solto”, desabafou a esposa de um dos detidos.
Irmãos e pais dos demais também reforçaram que os homens são vigilantes contratados e não têm antecedentes criminais. Eles alegam que houve uma interpretação equivocada e isso resultou numa prisão injusta.
Pedido de nova investigação
Por fim, os familiares pedem que as autoridades reavaliem o caso, levando em conta os antecedentes de Daniel e os relatos de furtos recorrentes na região. “Queremos que a justiça olhe para o que realmente aconteceu. Eles são inocentes e estavam trabalhando quando tudo ocorreu”, disse uma irmã de um dos presos.
Enquanto aguardam uma decisão judicial, as famílias seguem mobilizadas em busca de apoio da comunidade e de órgãos de direitos humanos, reforçando que os cinco homens apenas tentaram conter um suspeito de furto até a chegada da polícia.