O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa, nesta segunda-feira (22), da Conferência Internacional de Alto Nível para a Solução Pacífica da Questão da Palestina, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O evento começa às 15h no horário local (16h de Brasília) e tem como foco a implementação da solução de dois Estados. França e Arábia Saudita convocaram a reunião.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brasil espera que o encontro incentive mais países a reconhecer a Palestina como Estado. No domingo (21), Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram formalmente esse reconhecimento, criticando a ofensiva de Israel em Gaza que já matou dezenas de milhares de pessoas e, ao mesmo tempo, condenando os ataques do grupo Hamas em 2023.
Lula embarcou para os Estados Unidos acompanhado do chanceler Mauro Vieira e de outros ministros para uma agenda extensa na 80ª Assembleia Geral da ONU. O Brasil, como ocorre desde 1955, será o primeiro país a discursar na abertura do debate geral, e Lula falará na terça-feira (23) pela manhã, logo após os pronunciamentos de António Guterres e de Annalena Baerbock, presidente da assembleia.
Contra o discurso de ódio
Além da questão palestina, o presidente brasileiro também participará, na quarta-feira (24), do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo. A iniciativa, liderada por Brasil, Chile e Espanha, busca fortalecer a cooperação internacional contra desinformação, discurso de ódio e desigualdade social.
A agenda de Lula em Nova York inclui ainda debates sobre a crise climática, com um encontro copresidido pelo Brasil e pelo secretário-geral da ONU. Lá, haverá a apresentação de novas metas para redução de emissões (NDCs). O presidente também promoverá o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que será lançado em Belém. Por fim, ele participará do Centro Global de Adaptação, evento que visa a discussão de estratégias de adaptação às mudanças climáticas.