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22 de agosto de 2025
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Helena Witzel: força-tarefa aponta esquema com escritório de primeira-dama

A força-tarefa da Lava-Jato apontou participação direta da primeira-dama Helena Witzel nas investigações que culminaram no afastamento de seu marido, o governador Wilson Witzel pelo Superior Tribunal de Justiça. Ela é alvo de mandados de busca e apreensão na operação desta sexta-feira.

A Procuradoria-Geral da Reública sustenta que Witzel usou o escritório de advocacia da mulher para receber dinheiro desviado por intermédio de quatro contratos simulados no valor aproximado de R$ 500 mil – cerca de R$ 15 mil mensais de cada uma das quatro.

Um email escrito por Witzel, apreendido pela PGR, orienta os interessados a redigir o contrato com o escritório de Helena. Chamou também a atenção dos investigadores a participação da primeira-dama em um processo de execução fiscal da família do médico Gothardo Lopes Netto, ex-prefeito de Volta Redonda e ex-deputado estadual, dona do Hospital Infantil e Maternidade Jardim Amália Ltda (HINJA), maior unidade de saúde privada do município.

O processo, que tramita na Justiça Federal de Volta Redonda, já tinha como advogado Lucas Tristão, ligado ao esquema, porém, no decorrer da ação, a primeira-dama entrou com uma petição para avisar que estava ingressando na mesma causa e passando a advogar para o hospital. É quando, segundo as investigações, passou a receber os R$ 15 mil mensais apenas por esse serviço. Não há nenhum outro documento no âmbito desse processo que tenha justificado o vultoso pagamento opor apenas uma petição.

Ao contrário de Adriana Ancelmo, contudo, Helena Witzel tinha uma discreta e recente atuação da advocacia. Os investigadores concluíram que ela tinha casos praticamente inexpressivos antes de ver o marido tomar posse, em janeiro de 2019. Em seguida, quatro contratos com empresas ligadas a Mario Peixoto (três) e Gothardo Lopes Neto (um), ex-prefeito de Volta Redonda, passaram a render à primeira-dama R$ 60 mil mensais.

A operação contra o governador Wilson Witzel e seus aliados é vista como versão atualizada da “Calicute”, que prendeu em novembro de 2016 o ex-governador Sérgio Cabral e outros integrantes do esquema.

Sob comando de Witzel, o governo canalizou os abundantes recursos do combate ao Covid-19 para a contratação de organizações sociais e autorizou compras direcionando as licitações com o uso de empresas de fachada. Ao mesmo tempo, priorizou o pagamento de dívidas antigas (restos a pagar) dos aliados – restos a pagar são serviços e compras efetuados nos anos (exercícios) anteriores e que não foram pagos.

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