O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou nesta sexta-feira (26) na 80ª Assembleia Geral da ONU e fez duras críticas ao Irã e ao programa nuclear iraniano. Ele afirmou que o país persa representa uma ameaça não só a Israel, mas a todo o mundo, e pediu o restabelecimento das sanções da ONU contra Teerã. Durante a fala, delegações, incluindo a brasileira, deixaram o plenário, dividindo o público entre aplausos e vaias.
Netanyahu exibiu um mapa que chamou de “eixo terrorista do Irã”, citando alianças com Iêmen e Síria, e relembrou ataques contra o Hamas em Gaza. “Prometemos que o Irã não teria uma bomba nuclear e conseguimos, mas devemos permanecer vigilantes”, declarou. Ele também mostrou uma placa com a pergunta “Quem assassinou americanos e europeus a sangue frio?”, apontando Al Qaeda, Hamas, Hezbollah e Irã como responsáveis.
Sobre a guerra na Faixa de Gaza, o premiê israelense disse que Israel “quer concluir o trabalho o mais rápido possível”. Além disso, ele alertou o Hamas: “Libertem os reféns e deponham as armas. Caso contrário, Israel os caçará”.
Netanyahu leu os nomes de 20 reféns ainda mantidos em cativeiro e afirmou que suas palavras foram transmitidas ao vivo para Gaza.
O líder israelense também criticou a proposta de solução de dois Estados. Ele afirmou que “os palestinos não querem um Estado ao lado de Israel, mas no lugar de Israel”.
Com um QR code no paletó que levava a um site com “provas das atrocidades do Hamas em 7 de outubro”, Netanyahu reforçou que Israel “não descansará até trazer todos os reféns de volta para casa”.