Na véspera de sua prisão, o vereador Rosinaldo Bual (Agir), de Manaus, ostentava nas redes sociais a compra de um jet ski, afirmando viver “a vida que eu amo”. No dia seguinte, sexta-feira (3), a polícia o prendeu durante a Operação Face Oculta. Ele é acusado de liderar um esquema milionário de rachadinha, lavagem de dinheiro e posse ilegal de armas.
A polícia apreendeu um cofre com R$ 300 mil em espécie, além de um fuzil e outras armas. De acordo com o Ministério Público do Amazonas (MPAM), Rosinaldo exigia até 50% do salário de servidores comissionados. Desse modo, movimentou mais de R$ 5,2 milhões entre 2017 e 2023, apesar de ter declarado menos de R$ 1 milhão no período.
A investigação também identificou prática de agiotagem com uso de imóveis como garantia e envolvimento de familiares e assessores, incluindo a chefe de gabinete, ex-companheira e sobrinhas do parlamentar.
Com provas que incluem mensagens, transferências bancárias e depoimentos, a Justiça decretou a prisão preventiva do vereador e de sua principal operadora. A Câmara Municipal de Manaus afirma colaborar com as investigações e nega envolvimento de outros parlamentares.