A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde reforçou, na tarde desta sexta-feira, durante depoimento do ex-secretário executivo do Fundo Estadual de Saúde (FEI), Perseverando da Trindade Garcia, a desorganização proposital da gestão no que diz respeito ao contrato mantido com a Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) que gere o Hospital Delphina Aziz.
“O senhor Perseverando nos afirmou hoje que, em momento algum, mesmo como responsável pela análise do orçamento, foi consultado para saber se havia verba para o pagamento da OS nos moldes mantidos atualmente. Sim, ele é corresponsável porque assinou essas destinações de verba pública, mas também nos mostrou com essa afirmação o quanto tudo é feito sem devida análise, fiscalização ou fundamentado em decisões de responsáveis técnicos para aprovação de atos visivelmente direcionados e com total má gestão do dinheiro público”, afirmou o presidente da CPI da Saúde, Delegado Péricles.
Segundo Péricles, a ausência de conferência tanto na questão da OS quanto no pagamento de processos indenizatórios expõe cada vez mais indícios de irregularidades. “Hoje o senhor Perseverando nos disse que assinava os pagamentos fundamentado no parecer jurídico e no posicionamento da Sefaz sobre a existência de orçamento para tal. Já tivemos aqui a constatação de que a própria Comissão de Acompanhamento nada fiscalizava nos serviços prestados pela OS. Uma bagunça que auxilia a corrupção na gestão pública. Estamos investigando tudo isso”, concluiu.