Uma operação da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) desmontou um esquema de tráfico internacional de drogas e encontrou nada menos que R$ 19,5 milhões em cocaína escondida dentro de móveis de uma mansão luxuosa na Ponta Negra, bairro nobre de Manaus.
Mas o que mais chocou até os policiais experientes foi a presença da chamada “cocaína negra”, uma droga modificada quimicamente para enganar cães farejadores e reagentes, quase impossível de detectar — e com um detalhe ainda mais escandaloso: o quilo dessa droga vale até 100 mil dólares no exterior!
A preparação da droga acontecia dentro de uma mansão, onde escondiam o material em quadros e cadeiras com fundos falsos. Posteriormente, ela seguiria para a Austrália.
No local, os policiais encontraram um homem e uma mulher, de 51 e 45 anos, que já têm passagens pela Justiça. Com eles, além dos 16 quilos de cocaína comum, estavam os 34 quilos da raríssima cocaína negra, camuflada com carvão e outras substâncias — um método para burlar a fiscalização nos aeroportos.
O entorpecente vinha do Peru e se transformaria novamente em cocaína pura após o processo de exportação. Tudo feito para não levantar suspeitas, com promessa de recompensas milionárias: o casal receberia até R$ 3 milhões pela remessa.
A droga de elite representa um enorme prejuízo ao crime organizado, segundo a PC-AM. Só os 34 quilos da cocaína negra estão avaliados em mais de R$ 18 milhões. É a segunda vez na história que as autoridades apreendem esse tipo de droga. O último registro ocorreu em 2019, em Manacapuru.
Agora, os dois foram autuados por tráfico e associação para o tráfico, e estão à disposição da Justiça. Enquanto isso, a polícia segue investigando o restante da quadrilha — porque um esquema desse tamanho não funciona com só dois envolvidos.