Uma mulher de 23 anos, conhecida na comunidade como Penélope “Japinha” do CV ou “musa do crime”, figura apontada pela polícia como uma das principais combatentes da facção Comando Vermelho (CV), está entre os mortos da megaoperação realizada na última terça-feira (28) nos Complexo do Alemão e Complexo da Penha, Zona Norte do Rio de Janeiro.
De acordo com relatos, ela levou um tiro de fuzil no rosto. Além disso, ela trajava roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzil. Seu corpo estava próximo a um dos acessos principais da comunidade após horas de tiroteio intenso.
Segundo os balanços mais recentes, a operação mobilizou mais de 2 500 agentes de segurança e contabiliza pelo menos 64 mortes, incluindo quatro policiais.
Outras fontes independentes estimam que o número total de mortos pode ultrapassar 119, considerando os corpos ainda não identificados em mata na região da Vacaria, no Complexo da Penha.
A medida reforça o caráter brutal da ação policial — a mais letal já registrada na história do estado do Rio de Janeiro — e levanta questionamentos sobre táticas, proporcionalidade e o impacto sobre as comunidades envolvidas.
