A jovem Damaris Vitória Kremer da Rosa, de 26 anos, morreu no último dia 26 de outubro, em Balneário Arroio do Silva (SC), em decorrência de complicações de um câncer de colo de útero. O falecimento ocorreu 74 dias após o Tribunal do Júri no Rio Grande do Sul absolvê-la.
Primeiramente, Damaris ficou presa preventivamente por seis anos acusada de envolvimento em um homicídio cometido em 2018, em Salto do Jacuí (RS).
De acordo com informações, Damaris respondia pelo assassinato, junto a dois homens, de Daniel Gomes Soveral. Apenas Henrique Kauê Gollmann recebeu a condenação, enquanto Wellington Pereira Viana e Damaris tiveram absolvição devido à falta de provas.
Durante o período em que esteve presa, Damaris descobriu o câncer e teve pedidos de prisão domiciliar negados por meses, mesmo com laudos médicos indicando o agravamento da doença. Ela só obteve o direito de cumprir prisão domiciliar em março de 2025, quando já estava em estágio terminal.
Após o julgamento que comprovou sua inocência, Damaris passou a viver com a mãe em Santa Catarina, mas seu estado de saúde se deteriorou rapidamente. Ela foi sepultada no dia 27 de outubro.
Em nota, os advogados Rebeca Canabarro e Mateus Porto afirmaram que a jovem foi “vítima da negligência e cegueira estatal”. Eles destacaram que a Justiça negou os pedidos anteriores de liberdade que alegavam questões de saúde.
O Tribunal de Justiça do RS informou que os pedidos de soltura foram analisados em três ocasiões e que a prisão domiciliar foi concedida assim que houve comprovação documental da doença. O Ministério Público também afirmou que a soltura foi autorizada após a apresentação de exames médicos que confirmaram o diagnóstico.
