O prefeito de Manaus, David Almeida, acompanhou, nesta sexta-feira, 7/11, a instalação da maior ecobarreira já implantada pela prefeitura, no igarapé do Educandos, nas proximidades da feira da Panair, zona Sul. A estrutura, formada por três módulos de 12 metros, amplia para 12 o total de ecobarreiras em operação na capital e reforça a estratégia de contenção de resíduos antes que eles alcancem o rio Negro. Além disso, o local é uma das saídas mais críticas de lixo fluvial da cidade e integra o conjunto de ações que Manaus apresentará na COP30, em Belém.
Conscientização e resultados ambientais
As ecobarreiras mostram o impacto direto do descarte irregular de resíduos nos igarapés. “O igarapé não está sujo por natureza. Ele se suja quando chove, porque o lixo descartado de forma inadequada vai parar na água. Por isso, a consciência ambiental de cada morador é fundamental para manter nossos mananciais preservados”, afirmou o prefeito.
David Almeida destacou que Manaus chega à COP30 com resultados concretos. Entre as ações exemplares, estão a transição energética no novo aterro sanitário, que transformará metano em biometano para abastecer os caminhões coletores; a implantação de uma usina fotovoltaica no aterro controlado; a recuperação das lagoas com a planta beru; e o reaproveitamento da água tratada das lagoas de chorume.
Ecobarreiras: solução de engenharia amazônica
Dessa forma, a prefeitura incluiu a expansão da rede de ecobarreiras no livro oficial que levará à COP30. O documento apresenta a iniciativa como uma solução de engenharia amazônica, capaz de bloquear resíduos em diversos trechos de igarapés e impedir que o lixo alcance o rio Negro.
Atualmente, a cidade conta com ecobarreiras nos seguintes pontos: Passeio do Mindu (Parque 10 de Novembro); avenida do Samba; igarapé do Franco (avenida Brasil); igarapé da Sapolândia (Alvorada); igarapé do Quarenta (Japiim); igarapé da União; igarapé do Bombeamento (Compensa); igarapé do Passarinho (Colônia Terra Nova); avenida Beira Rio (Coroado); Parque Gigantes da Floresta (Novo Aleixo); e igarapé do São Francisco, além do novo ponto no Educandos.
Semulsp comprova eficiência do sistema
O titular da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, ressaltou a eficiência do sistema. “Com esta nova ecobarreira, completamos 26 meses de trabalho e impedimos que quase 8 mil toneladas de lixo chegassem ao rio Negro. Antes, retirávamos entre 650 e 700 toneladas por mês diretamente do rio. Hoje, conseguimos segurar de 250 a 300 toneladas nos igarapés, evitando que esse material alcance o rio Negro, o Amazonas e, consequentemente, os oceanos. É uma ação simples, eficiente e que se tornou um ativo ambiental para a cidade”, afirmou.
Sustentabilidade e reconhecimento internacional
Além das ecobarreiras, Manaus avança no plantio de árvores — com mais de 6 mil mudas somente em 2025 —, renova a frota com ônibus Euro 6, que emitem 75% menos poluentes, e executa os planos municipais de mudanças climáticas, saneamento, arborização e resíduos sólidos.
Segundo o Banco Mundial, essas ações podem gerar até 500 milhões de dólares em remuneração pelos serviços ambientais prestados até 2028.
“Manaus não vai à COP para falar do que pretende fazer. Vai, sim, para mostrar o que já está fazendo. Somos referência em preservação ambiental e inovação em políticas públicas de sustentabilidade. Por fim, o mundo está olhando para Manaus”, reforçou David Almeida.
