8 de novembro de 2025
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Tornado mata seis pessoas e deixa mais de 700 feridos no Paraná

Rio Bonito do Iguaçu teve 90% da área urbana devastada; governo mobiliza força-tarefa e recebe apoio federal

Um tornado de categoria F3, com ventos que chegaram a 250 km/h, devastou cidades do Centro-Sul do Paraná na noite de sexta-feira (7). O fenômeno deixou seis mortos, 750 feridos e milhares de desabrigados, segundo balanço divulgado pelo governo estadual neste sábado (8).

A cidade mais atingida foi Rio Bonito do Iguaçu, a cerca de 400 km de Curitiba, onde 90% da área urbana sofreu impacto. O município está em colapso estrutural — hospitais, escolas e prédios públicos foram destruídos, e o atendimento médico ocorre de forma improvisada.

 Atendimentos e situação dos feridos

A maioria das vítimas receberam atendimento em duas unidades hospitalares, uma UBS e uma faculdade em Laranjeiras do Sul. Casos graves seguiram para o Hospital Universitário de Cascavel e o Hospital Regional de Guarapuava.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, “as estruturas de saúde estão colapso total”. Além disso, ele explicou que apenas um centro de atendimento segue em funcionamento, graças a uma força-tarefa formada por prefeituras da região.

Cidades destruídas e resposta emergencial

O governador Ratinho Jr. esteve no local nas primeiras horas da manhã e anunciou uma parceria com o Crea-PR para agilizar o levantamento dos danos e antecipar ações de reconstrução.
A Defesa Civil estima que  tornado atingiu 10 mil pessoas. O número de desabrigados ainda está sendo atualizado — até o início da manhã, havia 28 desabrigados e mil desalojados oficialmente registrados.

“A cidade está praticamente destruída, o que torna impossível fazer um levantamento detalhado neste momento”, afirmou o prefeito de Rio Bonito do Iguaçu, Sezar Augusto Bovino.

 Apoio federal e ações de socorro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o envio imediato de equipes da Defesa Civil Nacional e da Força Nacional do SUS, que já estão em deslocamento.
A comitiva federal é liderada pela ministra Gleisi Hoffmann, responsável por acompanhar os trabalhos de acolhimento e reconstrução.

O grupo federal inclui cinco profissionais especializados, entre eles um médico sanitarista, um enfermeiro, um especialista em saúde mental em desastres, um analista de logística e um analista de incidentes assistenciais. A equipe vai atuar na reativação dos serviços de saúde e no apoio psicossocial às vítimas.

Previsão do tempo

Uma massa de ar frio deve chegar à região nos próximos dias, com temperaturas entre 13°C e 22°C neste sábado, podendo cair para 11°C no domingo (9). As autoridades alertam que o frio pode dificultar as operações de socorro e aumentar a vulnerabilidade de famílias desabrigadas.

 

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