Realizada em meio a um debate crescente sobre a segurança pública, a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (12), mostra que o índice de desaprovação ao governo Lula passou de 49% para 50%. Já a aprovação caiu de 48% para 47%.
Essa foi a primeira oscilação negativa nas avaliações desde maio deste ano. Apesar de ambos os percentuais estarem dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, essa mudança reflete uma reação pública.
Em outubro, a avaliação positiva do governo Lula era de 48%, e a negativa, de 49%. No início do ano, os índices eram 47% de aprovação e 49% de desaprovação. Portanto, os números vinham de uma gradual recuperação, desde o pico de desaprovação de 57% em maio. A realização da pesquisa ocorreu entre os dias 6 e 9 de novembro com 2.004 brasileiros, e o nível de confiança é de 95%.
A Megaoperação e o debate sobre segurança pública
A megaoperação no Rio de Janeiro, que mobilizou uma vasta ação policial, teve ampla aprovação popular. Segundo o levantamento da Quaest, 67% dos brasileiros aprovaram a operação, enquanto 25% se disseram contrários. No entanto, o apoio a essas ações de segurança veio acompanhado de uma piora na avaliação do governo. Assim, há uma queda na aprovação da gestão de Lula de 33% para 31%, e um aumento na avaliação negativa, que passou de 37% para 38%.
O impacto das ações de segurança nas avaliações de Lula
Embora a operação tenha sido vista como necessária por grande parte da população, especialmente devido ao seu alto custo humano, ela não foi capaz de evitar a desaceleração na recuperação da imagem do presidente. A política de segurança pública, principalmente no Rio de Janeiro, continua sendo um ponto crítico para o governo. O estado enfrenta críticas tanto pela violência policial quanto pela falta de soluções duradouras para o sistema de segurança no país.
Com a intensificação dos debates sobre segurança e a visibilidade de operações como a que aconteceu no Rio, o governo Lula se vê pressionado a equilibrar a necessidade de reprimir o crime com as preocupações sobre os direitos humanos e a forma como as forças de segurança atuam.
