4 de dezembro de 2025
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Alerj adota cautela após prisão de Rodrigo Bacellar e evita decisões rápidas durante crise

A prisão do presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), pela Polícia Federal, desencadeou uma mobilização imediata entre parlamentares para evitar decisões precipitadas e reduzir o impacto institucional da crise. As informações são do jornal O Globo.

Bacellar é acusado de repassar informações sigilosas de uma operação policial ao deputado TH Joias, investigado por ligação com o crime organizado.

Na sessão desta quinta-feira (4), o presidente em exercício, Guilherme Delaroli (PL), adotou postura de normalidade, conduzindo os trabalhos sem mencionar a prisão. Ele levou ao plenário aliados políticos como forma de demonstrar força e autonomia enquanto ocupa o comando interino da Casa. De acordo com interlocutores, esse movimento também fortalece sua projeção para 2026.

Nos bastidores, líderes políticos reforçam que “não é hora de decisões a toque de caixa”, citando o episódio envolvendo Jorge Picciani, em 2017, quando a soltura rápida do então presidente da Alerj gerou atrito com o Judiciário e resultou em nova ordem de prisão. O receio atual é repetir o desgaste.

Sem conflito com STF

Reuniões internas realizadas até a noite de quarta-feira indicam que a estratégia será conduzir o caso com calma, evitando conflito com o STF. Há preocupação de que uma eventual soltura imediata ou tentativa de Bacellar de reassumir a presidência provoque reação da Corte e leve à imposição de medidas mais severas.

Entre parlamentares, também há temor de retaliações políticas, como pressão sobre aliados de Bacellar ou tentativas de abertura de processos na Casa. Outro ponto de tensão é a possibilidade de pedidos de renúncia dentro da Mesa Diretora.

A Alerj aguarda a notificação judicial que formaliza a prisão. A votação sobre o caso deve ocorrer apenas na próxima semana, após análise jurídica e alinhamento político.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes determina apenas o afastamento da presidência, permitindo que Bacellar, se solto, retorne ao mandato. Mesmo assim, o precedente de 2017 pode manter Delaroli à frente da Casa, pelo menos temporariamente.

O clima no Legislativo fluminense é de cautela e espera. A prioridade, segundo parlamentares, é evitar que a crise se amplifique e a Alerj volte a confrontar o Judiciário em um momento de alta sensibilidade institucional.

 

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