A Polícia Federal informou neste sábado (27) que está cumprindo dez mandados de prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Os alvos são os condenados envolvidos na trama golpista que tentou manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Primeiramente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou as medidas após a tentativa frustrada de fuga de Silvinei Vasques. Ele é ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e está condenado no mesmo processo.
Entre os alvos está Felipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, que teve a prisão domiciliar cumprida em sua residência, em Ponta Grossa (PR). Em nota nas redes sociais, o advogado Jeffrey Chiquini classificou a decisão como “abusiva”, alegando ausência de risco de fuga e afirmando que a Constituição não permite punição por atos de terceiros.
Felipe Martins e Silvinei Vasques integram o chamado Núcleo 2 da trama golpista. Martins foi condenado a 21 anos de prisão, enquanto Vasques recebeu pena de 24 anos e seis meses, ambas em regime inicialmente fechado, além de multa.
Segundo a PF, as ordens judiciais estão sendo cumpridas no Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Bahia, Tocantins e no Distrito Federal. A atuação conta com apoio do Exército em parte das ações.
Além da prisão domiciliar, a Justiça impôs medidas cautelares como a proibição do uso de redes sociais, contato com outros investigados, entrega de passaportes, suspensão de porte de arma e restrição de visitas.
Na sexta-feira (26), Moraes decretou a prisão preventiva de Silvinei Vasques após ele romper a tornozeleira eletrônica e tentar fugir para o Paraguai. Na ocasião, as autoridades paraguaias o detiveram quando ele tentava embarcar para El Salvador e o entregaram à Polícia Federal brasileira na Ponte da Amizade.
