A jornalista Arthemisa Gadelha foi vítima de descaso na noite desta sexta-feira (16) ao procurar atendimento no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. Arthemisa, que está em tratamento após ser diagnosticada com Covid-19, procurou a unidade de saúde após apresentar agravamento no quadro clínico.
Em um áudio que circula nas redes sociais é possível perceber a dificuldade da comunicadora em falar, enquanto denuncia o mal atendimento do profissional de saúde.
“O enfermeiro aqui ficou tirando sarro da minha cara e disse que eu ia me ver se saísse algo na imprensa em relação a isso”, diz Arthemisa em áudio que compartilhou em aplicativo.
Em um vídeo gravado logo após a ameaça, a o enfermeiro, identificado pelas iniciais R.T.L. aparece tentando contornar a situação. Nas imagens, ele aparece sem máscara e falando próximo à paciente, contrariando as normas de distanciamento necessárias.
“Estou no oitavo dia de tratamento e os remédios não têm apresentado resultados, só piorei. Estive no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) da Alvorada ontem (15) e, sem nenhum exame, o médico me mandou de volta para casa e quis suspender a medicação, pois estava no sétimo dia”, contou a jornalista.
Sentindo a piora, Arthemisa fez uma tomografia pulmonar na tarde desta sexta-feira (16) que constatou comprometimento de 25 a 50% dos pulmões, além de um pneumonia. Com os resultados em mãos, ela partiu para o HPS 28 de Agosto, onde as ameaças aconteceram.
Resposta
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que o HPS 28 de Agosto atende apenas casos de urgência e emergência, encaminhando casos considerados de baixa complexidade para outras unidades da capital. Confira a nota abaixo:
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) esclarece que a informação não procede e o Hospital e Pronto-socorro 28 de Agosto continua atendendo normalmente.
A SES-AM ressalta que pronto-socorros são unidades de referência para o atendimento de urgência e emergência, conforme classificação de risco estabelecida pelo protocolo de Manchester.
Dessa forma e com base no protocolo, casos de baixa complexidade são encaminhados para atendimento nos Serviços de Pronto Atendimento (SPAs), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBS).