26.3 C
Manaus
3 de agosto de 2025
BrasilDestaques

ANS estuda parcelar alta de planos de saúde

Após determinar o congelamento de reajustes anuais durante a pandemia, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estuda parcelar os aumentos que serão aplicados pelas operadoras de planos de saúde em 2021. O critério e os detalhes deste novo formato ainda estão em discussão na agência reguladora. O objetivo é evitar que o consumidor pague de uma vez só o aumento retroativo aos meses de 2020.Especialistas avaliam que o problema é que a ANS, ao suspender reajustes na pandemia, não especificou como seria a cobrança retroativa adiante, o que pode significar uma cobrança alta para o consumidor no próximo ano.

— O que eu posso antecipar é que a ANS está discutindo algum quadro de parcelamento dessa recomposição no ano que vem. Os detalhes estão sendo discutidos, mas teremos algum parcelamento — afirmou a assessora da Diretoria de Normas e Habilitação das Operadoras da ANS, Tatiana Aranovich, em evento promovido pelo jornal O Estado de São Paulo.

A agência ainda não detalhou se definirá regras só para planos individuais ou também para os coletivos por adesão e os empresariais, que representam mais de 80% do mercado e têm seus índices de aumento definidos por negociação entre a operadora e a empresa contratante.

— A medida não resolve o problema do consumidor porque o alívio temporário será cobrado lá frente. A agência diz que a cobrança será ao longo de 2021, mas não estabelece em quantas parcelas. A partir de janeiro, além de a mensalidade voltar no valor reajustado, ele terá uma dívida com a operadora referente a esses quatro meses — lembra advogado Rafael Robba, do escritório Vilhena Silva Advogados.

A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) afirmou que é “razoável o parcelamento do reajuste retroativo”, mas lembra que até agora não houve definição do Ministério da Economia e da ANS sobre o índice de reajuste que deveria ser aplicado nos planos individuais/familiares no período entre maio de 2020 e abril de 2021. Quanto aos planos empresariais, a Abramge informou que “interferências em contratos constituídos entre empresas podem prejudicar todo sistema”.

Já o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) defende que não haja recomposição no próximo ano em razão da situação econômica mais favorável dos planos e do efeito da crise para o consumidor. O Idec entrou com ação na Justiça sobre o tema e enviou ofício ao Tribunal de Contas da União (TCU) para pedir que o órgão monitore o cálculo dos reajustes em 2021. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já criticou o aumento nas mensalidades dos planos.

Leia mais

‘Bebum’ de chinelo percorre 8 km em maratona no Pará e vira sensação nas redes sociais

Matheus Valadares

‘Tribunal do povo’ invade delegacia de Tonantins e põe fogo em homem que matou companheira

Matheus Valadares

Brasil vence Colômbia nos pênaltis e conquista a Copa América Feminina 2025

Matheus Valadares

Ao continuar navegando, você concorda com as condições previstas na nossa Política de Privacidade. Aceitar Leia mais

Ao utilizar este conteúdo, não esqueça de citar a fonte!