O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) afirmou, nesta terça-feira (10), que o Amazonas vivencia uma tendência de estabilidade do número de casos e internações pela Covid-19. Nas últimas semanas de setembro, o estado voltou a ter alta da doença, após quatro meses de flexibilização da quarentena.
A análise da Fiocruz consta na terceira nota técnica enviada ao Governo do Amazonas sobre o comportamento da doença no estado. O principal indicador é a taxa de incidência dos casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), até a 44ª Semana Epidemiológica – de 22 a 31 de outubro.
O Amazonas, que enfrentou colapso no sistema de saúde e funerário, entre abril e maio, flexibizou a quarentena por quatro meses, a partir de junho. A partir de setembro, com um novo avanço da doença, os hospitais voltaram a lotar e o governo decretou o fechamento de bares, praias e flutuantes.
Até esta terça-feira, o estado registrava mais de 16 mil casos confirmados de Covid-19, com mais de 4,6 mil mortes.
A nota técnica da Fiocruz reforça a necessidade de continuar com as medidas adotadas para impedir contatos efetivos, mas, principalmente, “fortalecer vigilância de casos e óbitos, aumentar a testagem, monitorar e reforçar a assistência em diferentes níveis de atuação”.
O enfoque do estudo é nas regionais de saúde e três macrorregiões do estado: macrorregião CENTRAL (Entorno de Manaus e Alto Rio negro, Rio Negro e Solimões e regional do rio Purus); Macrorregião LESTE (Médio Amazonas, Baixo Amazonas e Rio Madeira); e Macrorregião OESTE (Rio Juruá, Alto Solimões e Triângulo).
A Fiocruz também esclarece que o relaxamento das medidas de contenção da Covid-19 é “condição importante para o recrudescimento dos níveis epidêmicos, e portanto, devem ser monitoradas, de forma a ser feita de maneira criteriosa”.
A nota conclui reforçando que o Amazonas está entrando no período de maior receptividade à circulação de vírus respiratórios, por conta do inverno amazônico. Por isso, a instituição recomenda ampliar a vigilância laboratorial para suporte à adequação dos serviços de saúde e a atenção aos pacientes portadores de SRAG.