Um estudo com 560 participantes, sendo 240 deles acima dos 70 anos, apontou que a vacina produzida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford contra a Covid-19 mostrou segurança e induziu “forte resposta imune” em idosos durante a fase 2 dos testes do imunizante. O artigo foi publicado nesta quinta-feira (19) na revista científica The Lancet.
O coautor do estudo, Maheshi Ramasamy, afirmou que o resultado obtido com as pessoas idosas é encorajador e disse que espera que o fato represente que a imunização também seja eficiente com outras parcelas do grupo de risco.
– As respostas robustas de anticorpos e células T vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras. Esperamos que isso signifique que nossa vacina ajudará a proteger algumas das pessoas mais vulneráveis da sociedade, mas mais pesquisas serão necessárias antes que possamos ter certeza – destacou.
No estudo, os 560 participantes saudáveis foram divididos em 10 grupos que receberam a vacina em dose baixa ou padrão, ou uma vacina de meningite (o grupo controle). Os participantes com mais de 55 anos também foram divididos em grupos e receberam uma única dose da vacina, ou duas doses com 28 dias de intervalo.
O objetivo da análise foi verificar a segurança e a resposta imune da vacina, principalmente em idosos. Segundo os pesquisadores, reações adversas como dor de cabeça, dor muscular, febre, foram mais comuns em adultos com menos de 55 anos. Ou seja, a vacina da Oxford parece ser melhor tolerada em pessoas com mais de 56 anos.
Já no que diz respeito à resposta imune, o estudo observou que ela foi semelhante em todas as faixas etárias após a segunda dose e que “as respostas de anticorpos foram induzidas em todas as faixas etárias e foi reforçada e mantida 28 dias após a vacinação de reforço, incluindo o grupo com 70 anos ou mais”.